Vigilantes que prestam serviço na rede pública de saúde prometem entrar em greve a partir desta quarta-feira (13). De acordo com os trabalhadores, as empresas Ipanema e Brasília Segurança ainda não fizeram o pagamento do mês de junho, que deveria ser feito até o quinto dia útil.
As empresas alegam que o GDF não fez o repasse devido, por isso atrasaram os salários.
Para o deputado distrital Chico Vigilante (PT) a situação mostra que o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) não honrou o compromisso que ele assumiu com os terceirizados, na época da campanha eleitoral, em 2014.
Rollemberg prometeu que não demitiria trabalhadores terceirizados e nem atrasaria os pagamentos. E prometeu fiscalizar as empresas prestadoras de serviço para evitar violação de direitos.
“Ao assumir, Rollemberg traiu os trabalhadores. Deu ordem para demitir 600 vigilantes e centenas de trabalhadores da limpeza e conservação. Ele não honrou os compromissos assumidos”, disse Vigilante, que prometeu participar de todos os piquetes, juntos aos vigilantes, exigindo o pagamento dos salários.
“O governo está se especializando em dar calotes. Não imaginava que iríamos chegar numa situação tão caótica como essa, onde os trabalhadores que mais necessitam ficam sem receber os salários. Todo o meu apoio e minha solidariedade a estes trabalhadores”, disse Vigilante.
A greve vai comprometer o atendimento nos hospitais públicos de Brazlândia, Ceilândia, Taguatinga Samambaia, do Guará, de Santa Maria e o Hospital Materno Infantil (HMIB), além dos postos de saúde e Unidade de Pronto Atendimento (UPAs) dessas regiões.
Além dos vigilantes, 2,5 mil trabalhadores terceirizados na limpeza e conservação de hospitais, postos de saúde e escolas públicas também paralisaram as atividades por falta de pagamento. Eles são prestadores de serviço para as empresas Juiz de Fora, Apecê, Servegel e Ipanema.