Vigilante quer PF no combate aos assaltos às empresas de segurança

Chico Vigilante | CHICO VIGILANTE, CORAGEM E DETERMINAÇÃOVigilante quer PF no combate aos assaltos às empresas de segurança

Assalto com ares de guerra. Esse é o tipo de investida ás quais Vigilantes estão sendo expostos em algumas cidades do País, especialmente, em São Paulo, onde bandidos com forte poder bélico realizam assaltos às sedes das empresas de segurança privadas. Para tentar conter o avanço desses ataques, o deputado Chico Vigilante (PT) defende a federalização dessa modalidade de crime. Com isso, as investigações ficarão a cargo da Polícia Federal.

O modelo já é conhecido. Bandidos chegam as sedes das empresas usando vários carros, fecham ruas, tocam fogo e ainda explodem bombas para abrir cofres e roubar dezenas de milhões de reais. O caso mais recente aconteceu nesta segunda-feira (4), em Santos (SP), na sede da empresa Prosegur.

Desta vez, a ação dos ladrões resultou na morte de dois policiais militares e um morador de rua. Outras duas pessoas tiveram ferimentos leves. De acordo com a Prosegur, nenhum dos funcionários da empresa se feriu na ação. A Polícia recuperou ainda, boa parte do dinheiro roubado. O valor total não foi divulgado.

Atônito com mais uma ação em empresas de vigilância,  o deputado quer trabalhar pela federalização desses crimes, a exemplo do que acontece quando um banco federal é assaltado. “É preciso que o Congresso Nacional aprove com urgência, uma lei especifica para que a Polícia Federal assuma a investigação desses casos”, defendeu.

O parlamentar suspeita haver o envolvimento de integrantes das polícias estaduais nessas quadrilhas.

Vigilante também defendeu a urgência da votação do Estatuto da Segurança Privada para ajudar a inibir esse tipo de crime. “Se aprovado, o estatuto garante que as empresas de transporte de valores fiquem com as quantias de dinheiro em seu poder durante 48 horas, impossibilitando a presença de grandes recursos em suas sedes”, explicou.

Enquanto não é aprovada a lei especifica, os vigilantes ficam à mercê dos bandidos, como detalha o vigilante Edmilson Ananias. “Enquanto usamos armamentos antigos, esses bandidos usam fuzis e explosivos de grande destruição. Trabalhamos sabendo que podemos não voltar para nossas casas, vítimas de crimes como esse”.

Outros casos – No último dia 14 de março, pela segunda vez em menos de um ano, a empresa Protege, sediada em Campinas (SP), foi vítima de ação idêntica. Na oportunidade, os ladrões levaram cerca de R$ 50 milhões de reais. Ninguém ficou ferido.

Por Marcos Paulo Lima