O deputado distrital Chico Vigilante (PT) pediu ao presidente do Tribunal de Contas do DF (TCDF), Renato Rainha, agilidade no processo para liberação da licitação que renovará a contratação de empresas de vigilância privada com o GDF. O pedido foi feito durante uma reunião, realizada na manhã desta terça-feira (24), e acompanhada pelo presidente e o vice-presidente do Sindicato dos Vigilantes, Paulo Quadros e Jervalino Bispo.
Os sindicalistas apresentaram à Rainha uma série de questionamentos sobre a liminar que suspendeu a licitação. De acordo com o grupo, os empresários que atualmente têm contrato com o GDF quiseram barrar o processo para não perder o monopólio da prestação de serviço privado.
“Hoje, apenas cinco empresas de vigilância prestam serviço para todo o GDF. A nova licitação está dividida em 15 lotes. Isso vai democratizar a prestação de serviço e reduzir os custos para o GDF”, explicou o parlamentar.
“O governo pode economizar até R$ 50 milhões ao ano com a licitação, mantendo os mesmos postos de segurança”, completou.
Para Jervalino Bispo, a licitação também é mais uma forma de dar tranquilidade para os trabalhadores das empresas prestadoras de serviço. “Eles estão com medo de perder os seus postos de trabalho”, contou.
“Uma lei proposta por Chico Vigilante, já aprovada na Câmara Legislativa, determina que as empresas que ganharem a licitação terão a obrigação de contratar os mesmos trabalhadores que já prestam serviço para o GDF”, explicou o presidente do Sindicato.
Rainha garantiu ao grupo que assim que a Secretaria de Planejamento encaminhar ao órgão os documentos que estão faltando na licitação, pedirá à assessoria técnica para agilizar o processo de votação no plenário.
De acordo com o GDF, serão contratados 7.410 trabalhadores para fazer a segurança do patrimônio. Do total de postos, 2.381 atenderão à Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (SEPLAG) e outros 64 órgãos de governo. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SESDF), que está sem contrato, passará a contar com 1.324 trabalhadores. Os vigilantes ficarão distribuídos em mais de 800 endereços em todo o DF.
O valor anual dos contratos está estimado em R$ 555.7 milhões.
Por Veronica Soarez