Vigilante garante recursos no orçamento de 2017 para o esporte

O esporte do DF obteve uma grande vitória na Câmara Legislativa do DF, nesta quinta-feira (02). Durante comissão geral organizada pelo deputado Chico Vigilante (PT) para discutir formas de garantir recursos para as atividades esportivas, o presidente da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (COF), Agaciel Maia,foi sensibilizado e prometeu ampliar os recursos para o setor no relatório final da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) .

A reunião contou com a presença de representantes do GDF e da sociedade civil ligadas ao esporte, que apresentaram metas e prioridades para potencializar as ações por meio do orçamento do ano que vem. Na ocasião, Vigilante sugeriu a destinação de 1% da Lei Orçamentária Anual (LOA) para o esporte. Essa pasta conta atualmente com apenas 0,3% do orçamento público.

O distrital defendeu, ainda, que o esporte deve ser tratado com a mesma seriedade que os setores da educação e da saúde. Para ele, essa mudança precisa perpassar por uma conscientização da sociedade e do governo em relação à importância do esporte. Ou seja, os recursos destinados ao setor não são gastos, mas sim, investimento.

O esporte deve ser tratado como uma política de Estado, defendeu.

A ex-jogadora de vôlei e atual secretária de Esporte do DF, Leila Barros, também defendeu a ampliação dos recursos. Para ela, o esporte deve ser tratado como política de Estado por se tratar de uma ferramenta de inclusão social. “Quando a gente fala de esporte, é o esporte-inclusão, esporte-cidadania e o esporte escolar. As práticas podem ser parceiras da saúde e tirar jovens de áreas de risco”, enfatizou Leila.

4db693aa-ca72-429c-94ec-a701616bb0a0O coordenador da Rede Urbana de Ações Socioculturais (RUAS), Max Maciel, enfatizou que a sociedade deve encarar o esporte como um direito de todos, e não apenas como um instrumento para tirar jovens da marginalidade.

Ele também criticou a manutenção dos espaços esportivos e a concentração deles em áreas de difícil acesso.  “O jovem tem dificuldade de ir ao Defer, porque o transporte é caro”, disse. Por outro lado, elogiou as vilas olímpicas como exemplo da expansão do esporte nas Regiões Administrativas mais distantes do Plano Piloto.

Já o pesquisador da Faculdade de Educação Física da UNB e professor, Pedro Osmar Noronha, apresentou um estudo que revela a deficiência dos recursos destinados ao esporte. A maior parte desse orçamento é aplicada em infraestrutura e gestão.

De acordo com a pesquisa, 54% dos brasileiros praticam esporte. Desses, apenas 5% são atletas profissionais de auto rendimento. O restante, 95% praticam por lazer. Por último, Noronha defendeu a criação de uma política distrital de esporte e lazer, pois tais práticas devem ser pensadas pelo poder público em comunhão com a sociedade civil como um direito universal.