Nesta semana, o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) abriu investigação para apurar o pedido de patrocínio feito pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram) às empresas JC Gontigo e Cimentos Ciplan para a realização de seminário para servidores do órgão em janeiro deste ano. A decisão do TCDF atende a uma representação do Ministério Público de Contas que soube do caso após denúncia feita pelo deputado Chico Vigilante( PT).
“Assim que fiquei sabendo que a presidente do Ibram, Jane Vilas Boas, havia pedido a empresas privadas que patrocinassem um encontro dos servidores daquele órgão, denunciei publicamente para as autoridades competentes”, lembra o parlamentar.
O parlamentar comemorou a decisão do TCDF e pediu que o governador do Rodrigo Rollemberg apresente uma resposta à sociedade demitindo a presidente do órgão.
“Penso que o governador Rodrigo Rollemberg, defensor da nova política, também dê uma resposta a sociedade de Brasília e demita esta senhora”, exigiu.
“Em meu entendimento, é muito grave o ato de usar uma instituição pública para suprir uma vontade própria, e não para o bem estar da população”, completou o parlamentar.
Memória – Responsável por emissões de licenças ambientais, O Ibram pediu patrocínio a duas empresas que aguardam autorizações do próprio órgão.
Dois ofícios, enviados em 18 de janeiro confirmam que o Ibram pediu apoio financeiro à JC Gontijo e à Ciplan para financiar um seminário com participação de 60 pessoas, durante quatro dias. O evento, realizado em uma fazenda do Novo Gama, ocorreu entre os dias 21 e 24 de janeiro.
No documento endereçado a José Celso Valadares Gontijo, proprietário da JC Gontijo, Jane apresenta sua justificativa para o evento. “Após a elaboração setorial do plano operacional deste ano, vamos promover um seminário de integração para que o adensamento técnico, as sinergias internas e a melhor organização do fluxo do trabalho venham a trazer qualidade e dinamismo ao trabalho do Ibram”, explicou em documento oficial.
O caso também está sob a apuração da Câmara Legislativa do DF.
“É necessário que ela (Jane) se explique sobre essa situação absurda”, cobrou Vigilante.