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Tribunal de Contas conclui: falta gestão na saúde do DF

Em reportagem exclusiva, o portal eletrônico de notícias Metrópoles afirmou que teve acesso a um relatório em que o TCDF afirma que o problema da saúde no DF é de gestão. A reportagem do portal também afirma que a Auditoria feita pelo TCDF concluiu que se o GDF tivesse melhorado a distribuição e a realização dos procedimentos básicos, a população poderia evitar as filas e as internações nos corredores dos hospitais.

De acordo com a reportagem, o relatório do TCDF aponta que a falta de profissionais de planejamento e de infraestrutura existe, mas que se houvesse integração de toda rede com o Samu e as UPAS, os gargalos nos hospitais poderiam ser diminuídos.

Nas visitas que os auditores do Tribunal fizeram aos mais variados centros de saúde, todos os leitos estavam ocupados e havia vários pacientes nos corredores aguardando por atendimento.

Perguntado sobre o relatório divulgado pelo portal, o deputado distrital Chico Vigilante disse que não estava surpreso e disparou: “Mais uma vez, o TCDF confirma o que eu venho falando há muito tempo: dinheiro existe, e o que sobra é incompetência”.

Como prova de que o dinheiro existe, apenas nesta segunda-feira (19), o Fundo de Saúde do Distrito Federal registra que o GDF tem a disposição cerca de R$ 444 milhões de reais. Essa falta de gestão também é apontada por alguns servidores, como justificativa para que o GDF entregue a gestão da saúde do DF à iniciativa privada, através das Organizações Sociais (OS’s). Chico Vigilante, inclusive, já se mostrou contrário à instalação das OS’s na saúde do DF e, reafirmou que “onde o sistema foi aplicado, deu errado. A população não pode pagar a conta da incompetência”, finalizou.

Rollemberg na berlinda – Alvo constante de protestos e, agora, de uma greve que vem afetando a vida da população, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) afirmou antes de ser eleito, que o problema da saúde do DF era a gestão, porque dinheiro tinha. Só que atualmente, o tiro saiu pela culatra. O relatório do TCDF aponta que dinheiro existe e o que falta é gestão.

Falha na integração – Enquanto o governo federal segue informatizando o SUS, incluindo o monitoramento através de aplicativos para celular, o GDF segue na direção contrária. Os auditores do TCDF apontam que não existe nenhum tipo de integração entre Hospitais, UPA’s e Samu. Esta falta de integração vem causando problemas gravíssimos, como a falta de remédios para pacientes com câncer, caldeiras quebradas e até equipamentos para Tomografia seguem quebrados e sem previsão de conserto.

“A situação é tão crítica que as caldeiras do Hospital de Ceilândia estão há três meses quebradas, e as roupas estão sendo lavadas em outros hospitais. Em outros casos, os pacientes estão levando lençóis para ser levados em casa”, relatou Chico Vigilante.

Vale lembrar que em entrevista ao portal de notícias G1, o secretário Fábio Gondim disse após a sua posse, que 90% dos problemas se resolviam com gestão. O secretário já está entrando no terceiro mês da sua gestão e o relatório do TCDF divulgado pelo Portal Metrópoles registra que os 90% ditos pelo secretário ainda não foram resolvidos.

Confira algumas providências que o TCDF recomenda ao GDF:

Fazer revisão do Plano de Atenção às Urgências e Emergências. O texto deve conter a caracterização de cada regional de saúde visando à proposição de ações localizadas; estudos epidemiológicos utilizados para a estruturação da Rede; indicadores de doenças emergentes, entre outros.
·         Realizar estudos prévios que permitam identificar a melhor localização para implantação de Unidades de Pronto Atendimento, seguindo os critérios do Ministério da Saúde e assegurando o alcance social da medida.
·         Garantir a ampliação das taxas de ocupação dos leitos hospitalares da rede pública, com monitoramento diário dos leitos hospitalares e utilizando, preferencialmente, sistema informatizado que permita a integridade e tempestividade das informações gerenciais.
·         Corrigir as falhas na implantação das UPAs do DF, adequando-as às normas da Anvisa.

Fonte: Marcos Paulo Lima / Assessoria, com informações do Portal Metrópoles