Trabalhadores cobram mais incentivos para Economia Solidária

Por iniciativa do deputado distrital Chico Vigilante (PT), a Câmara Legislativa promoveu, nesta quarta-feira (15), uma audiência pública para fortalecer a Economia Solidária e o Artesanato no DF.

Diante da importância estratégica que a economia popular representa para o desenvolvimento social e econômico, a sociedade civil cobrou dos representantes do GDF mais ações para fortalecer o setor.

O deputado Chico Vigilante apresentou o requerimento para criar a Frente de Parlamentar de Fortalecimento da Economia Solidária, no âmbito da Câmara Legislativa.

Para Vigilante, a Economia Solidária é um seguimento libertário que surgiu no mundo, e aqui no Brasil ainda é tratado com descaso”, pontuou.

Precisamos chamar as autoridades para a importância de se encontrar medidas estratégicas para alavancar essa cadeia produtiva. Por exemplo, viabilizar linhas de financiamento para o desenvolvimento das pessoas que trabalham com a economia solidária, sugeriu Vigilante.

De acordo com Antônia Grasia, representante da Unidade de Gestão do Artesanato da Secretaria Adjunta de Turismo, a Unidade promove eventos públicos, como rotas dos artesanatos para exposição e vendas dos produtos confeccionados pelos artesões de Brasília.

“A nossa pretensão é capacitar o artesão na parte de inovação, principalmente para inserir iconografia de Brasília nos produtos artesanais”, disse.

O coordenador do Fórum Brasileiro de Economia Solidária, Paulo Henrique, explicou que o Fórum tem cobrado medidas para alavancar o setor. E destacou ações urgentes como apoio à educação e assessoramento técnico e a luta por linhas de créditos e de financiamentos.

Ainda de acordo com Paulo Henrique é necessário encontrar marcos legais e projetos de lei nacional.  Ele enalteceu a criação da Secretaria Nacional de Economia Solidária, pelo presidente Lula, que contribuiu para a estruturação nacional do setor.

“A economia criativa tem importância estratégica para driblar a crise econômica que o país atravessa, uma vez que esta crise é o resultado do atual modelo de domínio do capital financeiro especulativo. A nossa economia vem contrapor esse modelo explorador”, enfatizou.

Representando o Fórum do DF, Patrícia Ferreira lembrou que a economia solidária nasceu da necessidade da valorização de pessoas que trabalhavam fora do mercado especulativo capitalista.

Pata ela, o diálogo com o poder público é um desafio: “É necessário que tenhamos mais diálogos. Ainda enfrentamos dificuldades e precisamos da ajuda do estado”, enfatizou.

O presidente da Associação dos Expositores da Feira da Torre, Adonai Ferreira, também cobrou mais diálogo entre os setores sociais que envolvem a economia solidária.

Para o coordenador geral da Secretaria Nacional de Economia Solidária, Antônio Aroldo, Brasília tem características peculiares, uma vez que a desigualdade social e econômica é uma das mais altas do país.

“E Economia Solidária, com foco no desenvolvimento econômico, poderia ser uma resposta para diminuir a desigualdade e o alto índice de desemprego existente no DF, que é um dos maiores do país, com mais de 200 mil desempregados”, enfatizou.

Ações de governo

O secretário adjunto de Trabalho do DF, Thiago Jarjour,deu boas notícias para o desenvolvimento da encomia solidária. Segundo ele, Brasília vai contar, em breve, com a criação do primeiro centro público de Economia Solidária, a ser instalado na antiga galeria do trabalhador, ao lado do Conjunto Nacional.