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Terceirizados com salários atrasados são ouvidos na Câmara Legislativa

Na tarde desta segunda-feira (31), o plenário da Câmara Legislativa foi tomado por trabalhadores terceirizados que prestam serviço para o GDF.

Está na hora de o governador Rodrigo Rollemberg parar de colocar a culpa no governo anterior e assumir de fato a gestão do Governo do Distrito Federal. A afirmação foi consenso entre os participantes da audiência pública proposta pelo deputado Chico Vigilante.

Mesmo convidado para dar explicações sobre o atraso no repasse para as empresas, o GDF não enviou representantes para à audiência pública, que, além dos trabalhadores, reuniu representantes das categorias e do Sindicato Patronal.

No início da audiência, Chico destacou a importância de se valorizar os trabalhadores terceirizados, pois exercem um papel fundamental em todos os setores de serviço.

“A saúde pública, por exemplo, não é feita apenas por médicos e enfermeiros. Nos hospitais, atuação dos trabalhadores da limpeza e conservação é fundamental. Pois são os responsáveis pela limpeza do ambiente para não proliferação de bactérias”.

Para Chico, o pagamento dos trabalhadores deve ser prioridade das empresas e, principalmente, do Governo Rollemberg (PSB).

A deputada federal Érika Kokay (PT) propôs uma atuação parlamentar conjunta para resolver a questão: “O governo que não pagar os trabalhadores deve ficar impedido de receber recursos federais”, sugeriu.

Por sua vez, a presidente do Sindicato dos Empregados em Empresa de Asseio e Conservação (Sindiserviços-DF), Maria Isabel Caetano, pontuou que apesar do governador colocar a culpa na gestão passada, a dívida é do GDF.  Além dos constantes atrasos no pagamento, “muitas empresas não estão cumprindo o reajuste coletivo. A dívida é do Estado e não de um governante. Não adianta falar de herança maldita, pois o governo já faz oito meses de mandato, e ainda não fez nada, nem pagar os trabalhadores”, destacou Isabel.

Sindicato patronal – O não cumprimento dos contratos firmados pelo GDF foi a principal reclamação que os empresários presentes na audiência fizeram, como destaca, o vice-presidente das empresas de vigilância, Patrocínio Moraes Neto. “Quando o governo deixa de pagar as empresas, ele não está pagando os terceirizados”, alegou.

Concordando com ele, o presidente das Empresas de Asseio, Conservação, Trabalho Temporário e Serviços Terceirizáveis do DF (SEAC-DF), Antônio Ferreira, alegou que “o governo disse que chamaria as empresas para negociar e repactuar os contratos e até hoje, após oito meses de governo, não chamou nenhuma”, argumentou.

“Para honrar os compromissos com os trabalhadores, muitas empresas estão vendendo seu patrimônio”, disse Ferreira, ao exemplificar que empresas tradicionais no DF, como a Santa Helena, estão “fechando as portas” porque a relação com o governo é de “descaso”. Ele alertou que os empresários não sabem como vão pagar o 13º aos trabalhadores daqui a três meses.

Fonte: Veronica Soares/Assessoria, com informações da CLDF