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Setor produtivo cobra ações do governo Rodrigo Rollemberg

O clima de terrorismo alastrado pela equipe do governo do Distrito Federal é pior que a crise financeira em si. Essa opinião foi consenso entre todos os representantes que participaram da reunião entre empresários e os deputados distritais e federais que integram, como eles, a Frente “Brasília sem crise”, realizada na tarde desta segunda-feira (25), na Câmara Legislativa. A reunião foi convocada pela presidência da CLDF e representantes do setor produtivo e teve por objetivo encontrar soluções para driblar a crise financeira para que o setor volte a crescer, gerando emprego e renda para o DF.

 

Licenças, habite-se, rapidez na liberação dos alvarás, a constante interferência do Ministério Publico, são alguns dos vários problemas elencados pelos empresários que contribuem para a crise. Diante da atual juntura financeira do DF, líderes empresariais representando quase todos os setores produtivos do DF foram unânimes em defender medidas que garantam o retorno do crescimento econômico do DF.

 

O presidente da Fecomércio, Adelmir Santana, propôs que o governo local aproveite a crise para aprovar “projetos estruturantes”. Para ele, o reconhecimento legal da Região Administrativa do DF (Ride) é um das principais medidas para retirar o DF da crise. Além disso, seria necessário que poder Legislativo em parceria com o setor produtivo pressione o Executivo para encontrar soluções. “Não dá para ficar o tempo todo reclamando e não fazer nada. Brasília e o setor produtivo precisam de diretriz para sair da crise”, colocou.  “Aesde 2012, já havia alertado o governo anterior e aos deputados distritais para a crise que se avistava. Por incrível que se pareça, no relatório elaborado por nós, a solução para o problema vem de fora. O fortalecimento da RIDE é uma das alternativas”, destacou.

 

Com quase 40 anos no mercado, o empresário e presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção, Carlos Aguiar, destacou mesmo o setor ser o responsável por gerar 25 mil empregos diretos e sendo por 25% da receita do Distrito Federal, o setor passa por uma crise e não está vendo o governo realizar ações para tirar o DF da Crise.

 

O líder do PT, Chico Vigilante, cobrou a apresentação pelo governo de um calendário de pagamentos para os empresários. Entre diversos problemas pontuados por Chico, as feiras itinerantes que vêm de fora para o DF sem recolher impostos também é um entrave para os comerciantes do Distrito Federal.

Bastante comprometido com o futuro do Distrito Federal, Chico ponderou: “Eu sou oposição ao governador, eu não sou oposição à Brasília. Portanto,  eu quero exigir do governador um calendário de pagamento do que o GDF deve para todos hoje”, pediu.

 

Para ele, “ninguém vendeu para o governador Rollemberg, nem para o secretário Hélio Doyle nem para o Agnelo Queiroz, e sim vendeu para o Distrito Federal. Então, quando você ganha um governo, é igual casamento: você sabia de todos os riscos, sabia que estava casando e que ia herdar toda a família. Portanto nós queremos a relação completa, deve quanto  e vai pagar quanto, como que era a escala de pagamento das pessoas, porque você se programa. Essa medida deve ser da Casa e imediata”.

 

De acordo com a presidenta da CLDF, deputada Celina Leão, nos próximos 15 dias, será elaborado um documento com um diagnóstico do setor produtivo para ser encaminhado ao governo, com medidas ao curto e longo prazo, com as sugestões a serem adotadas para ajudar a tirar o Distrito Federal da aparente crise.

 

Por Verônica Soares/ Assessoria