Apesar dos avanços que a classe dos menos favorecidos teve nos últimos 12 anos, o país ainda tem muito o que avançar no que tange à inclusão social e respeito às diferenças. Neste contexto é que entram os excluídos, que são todas as pessoas que vivem do trabalho e sofrem com a falta de empregos decentes e salários justos, com o transporte público ruim, com o SUS ainda insuficiente, com a falta de educação de qualidade. São também os jovens, mulheres, negros, LGBT, indígenas que não tem seus direitos respeitados.
No próximo 7 de setembro, data que é comemorada a Independência do Brasil, o povo que continua excluído das decisões políticas dará o verdadeiro “Grito da Pátria”, por um país mais justo, soberano e democrático.
Esta será a 21ª edição da atividade, que é capitaneada pela CNBB e vários movimentos sociais. Nestes 21 anos de história, o grito vem se desenvolvendo como um processo e compromisso coletivos.
De acordo com a organização do evento, este ano, o Grito dos excluídos terá como objetivo “chamar a atenção para a situação de violência que vitimiza, sobretudo as juventudes das periferias, bem como alertar para o poder que os meios de comunicação exercem na manipulação da sociedade”.
“O Grito” também fará o seguinte questionamento: “Que país é este que mata gente, que a mídia mente e nos consome?”.
Neste sentido, se faz necessário unir os generosos e generosas nessa empreitada, um dos eixos que norteiam o Grito desse ano. Bem como denunciar e desmentir a mídia que defende os interesses das classes dominantes e exigir que o Estado assuma suas responsabilidades na garantia de direitos dos seus cidadãos e cidadãs.
A História- A proposta do Grito surgiu no Brasil, em 1994. O 1º Grito dos Excluídos foi realizado em setembro de 1995, motivado pelo tema da Campanha da Fraternidade do mesmo ano: “A Fraternidade e os Excluídos”. E para aprofundar os desafios levantados na 2ª Semana Social Brasileira, cujo tema era “Brasil, alternativas e protagonistas”, tendo como pano de fundo a simbologia da data do 7 de setembro. A Assembleia Geral dos Bispos, em 1996, discutiu e aprovou o Grito dos Excluídos dentro do projeto Rumo ao Novo Milênio. Em 1999, o Grito rompeu fronteiras e estendeu-se para as Américas.
Fonte: Veronica Soares/ Com assessoria