Sabatella vai ao Papa pela democracia no Brasil

A atriz brasileira Letícia Sabatella e a juíza Kenarik Boujikian Felippe, do Tribunal de Justiça de São Paulo, encontraram o papa Francisco nesta segunda-feira (9) para falar da atual situação do Brasil. O encontro ocorreu na Casa Santa Marta, residência do sumo pontífice, e durou cerca de 45 minutos. Elas falaram português e o papa conversou em espanhol.

A juiza Kenarik explicou que este foi o terceiro encontro com o papa e que, como observadora, já participou de encontros de papa Francisco com movimentos populares em 2014. “Naquela ocasião, ele focou no que nós chamamos três ‘T’: terra, trabalho e teto. Depois deste encontro, um outro foi realizado na Bolívia em 2015, do qual participei também como observadora. Antes destas reuniões, o papa já vinha mantendo seu diálogo com os movimentos populares, nos quais sempre existem trocas e diálogos”.

Kenarik contou também como foi organizada a audiência particular com o papa Francisco, que também contou com a presença da atriz Letícia Sabatella. “A partir desta perspectiva dos movimentos populares, foi solicitado que o papa ouvisse o que os movimentos gostariam de dizer sobre o que está acontecendo no Brasil neste momento, razão pela qual foi feito este contato direto com o sumo pontífice.”

Segundo a juíza, o papa reiterou a necessidade do diálogo. “Ele nos ouviu atentamente, nos disse que irá orar pelo povo brasileiro, que se preocupa com o Brasil. E perguntando a ele sobre a postura de diálogo necessário sobre o nosso ponto de vista, ele reiterou que o diálogo é uma necessidade para a construção de um mundo melhor para todos”.

Já a atriz Leticia Sabatella chamou a atenção para a necessidade de tolerância. “Esse clima de intolerância é como uma doença, acho que é pertinente pedirmos o auxílio e levar ao papa o que está acontecendo. Exite uma sombra, um ódio, uma busca pelo bode expiatório que não vai resolver a situação sistemática do país”, acrescentando que “o papa passa uma imagem da tolerância religiosa e espiritual”.

Elas entregaram ao pontífice uma carta do jurista Marcello Lavenère sobre o cenário político brasileiro, em que ele denuncia um “golpe de estado”.

Fonte: Brasil 247