“Que o dia seja de reflexão sobre a condição de todas as mulheres”, diz deputado durante Live

Foi bastante significativa a Live realizada esta tarde (8) pelo deputado distrital Chico Vigilante (PT) com a professora e pesquisadora Flávia Biroli sobre a situação das mulheres, como uma forma de marcar a data do Dia Internacional da Mulher. A pesquisadora afirmou que “a luta por uma sociedade mais justa não é apenas dos homens e das mulheres, é uma luta da sociedade como um todo”. E cumprimentou Vigilante pelo compromisso que ele tem tido, ao longo dos seus vários mandatos, com a igualdade de gênero como parte da sua atuação política. “Não existe igualdade social sem igualdade de gênero. E não existe meia cidadania nem cidadania pela metade em sociedades democráticas”, enfatizou a pesquisadora.

Flávia Biroli afirmou, ainda, que o Brasil tem lidado sistematicamente com o aumento da violência e formas muito brutais do exercício dessa violência. “É um reflexo da brutalidade do patriarcado. Não é que essa violência começou agora, mas a gente vê uma mudança nesse padrão e uma intensificação. Precisamos lidar, sobretudo com as causas dessa violência para poder desenhar políticas que possam responder de maneira adequada a essa situação e proteger a vida das mulheres”, acentuou.

Importância da data – Chico Vigilante, que debateu o tema com a pesquisadora amplamente, em especial a questão dos feminicídios, lembrou um pouco antes, no plenário da Câmara Legislativa do DF (CLDF), que o dia internacional de luta das mulheres do mundo inteiro é importante por marcar dois momentos da história. “Um deles foi quando em 8 de março de 1857 um grupo de 129 mulheres valorosas e corajosas, resolveu fazer greve numa tecelagem exigindo o direito de amamentar os filhos. O dono da fábrica mandou cercar o espaço com as mulheres dentro e ateou fogo. Todas elas morreram naquilo que ficou consignado como um dos momentos mais tristes da humanidade”, relatou.

“Depois, em 1923, teve um outro momento muito importante. Foi quando um grupo de mulheres também tecelãs, na antiga Rússia dos czares, resolveu fazer uma greve por salários e por jornadas justas de trabalho. Essa greve desencadeou o movimento bolchevique que por sua vez desencadeou uma luta revolucionária e culminou com a derrubada do poder e instalação do governo socialista na Rússia com criação da antiga União Soviética”, acrescentou o parlamentar.

“No Brasil as mulheres têm lutado muito. Lutado por igualdade, liberdade, democracia, e pelo estado de direito. E temos vários exemplos, como é o caso da Margarida da Silva, uma trabalhadora rural que igualmente lutava pelos seus direitos na Paraíba e foi assassinada de forma covarde. Outras mulheres continuam na luta, mas o Brasil ainda é o país das dificuldades para as mulheres. Elas, mesmo fazendo um trabalho com melhor qualidade do que os homens, ganham menos. Por isso quero parabenizar a todas as mulheres, desde as funcionárias desta Casa, as que estão nos hospitais nesse momento, as que são motoristas e cobradoras de ônibus, as vigilantes, médicas, enfermeiras, professoras, todas as trabalhadoras, todas, merecem homenagem neste dia. E que o dia seja de reflexão por igualdade de gênero no país”, disse Chico Vigilante.

 

Assista, abaixo, à live realizada entre Chico Vigilante e Flávia Biroli:

 

 

 

 

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