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PF deflagra 2ª fase da Operação Dubai contra cartel de combustível

Nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira (6/5), policiais federais e promotores cumpriram quatro mandados de condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a depor. As ações fazem parte da segunda fase da Operação Dubai, que investiga uma organização criminosa dedicada à formação de cartel no mercado de revenda de combustíveis no Distrito Federal. Outros quatro mandados de busca e apreensão também foram autorizados pela juíza da Primeira Vara Criminal de Brasília.

Um mandado foi cumprido no Park Way, outro no Lago Sul e dois em Ceilândia. Os alvos são dois empresários e dois funcionários de uma rede de combustíveis.

Segundo o delegado João Thiago, da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiro do Departamento da Polícia Federal (Delefin), as buscas ocorreram após análise dos materiais apreendidos na primeira fase.

“É um um momento importante da operação. Colhemos muitas informações e agora precisamos confirmá-las”.  As ações têm apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPDFT.

O Gaeco reforça que os elementos de prova colhidos ao longo da investigação demonstram que os envolvidos, empresários e funcionários dos mercados de revenda e de distribuição de combustíveis, mantêm reuniões e contatos frequentes com o objetivo de fixar preços uniformes e abusivos de combustíveis, com elevadas margens de lucro, em prejuízo da livre concorrência e do consumidor final.

O Ministério Público ressaltou que as pessoas conduzidas à Delegacia de Polícia, assim como aquelas contra as quais foram executadas ordens de busca e apreensão em seus domicílios ou residências, são presumidamente inocentes até prova em contrário.

Cartel

Em 24 de novembro de 2015, o Gaeco, a Polícia Federal e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deflagraram a Operação Dubai. Donos e funcionários das principais redes locais, como Cascol, BR Distribuidora, Ipiranga e Gasolline foram levados para a Superintendência da PF.

Segundo as investigações, o valor da gasolina era elevado em 20% para os consumidores. Além disso, o preço do álcool era aumentado para inviabilizar o consumo desse combustível nos postos da capital federal.

Segundo a PF, o Sindcombustíveis também estava envolvido no esquema. A entidade perseguia os empresários que decidiam deixar o cartel. Mandados de prisões preventivas, apreensão de documentos e condução coercitivas foram cumpridos no DF, no Entorno e no Rio de Janeiro.

Fonte: Portal Metrópoles 

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