O alto número de animais mortos nas estradas do DF, cerca de 134 mil por ano, foi pauta da audiência pública, hoje, na CLDF, sobre a obrigatoriedade de implementação de passagens de fauna nas rodovias que cruzam a região.
O plenário da casa do povo abrigou um debate qualificado com vários dados valiosos sobre o assunto, apresentados por especialistas e representantes governamentais.
Destaco a participação e presença do Fauzi Nacfur Júnior, presidente do Departamento de Estradas e Rodagens do Distrito Federal; da presidente da Organização da Sociedade Civil Jaguaracambé, Ana Paula Nunes de Quadros; da diretora de Relações Institucionais da Jaguaracambé e Doutora em Ecologia, Ana Raquel Gomes Faria; a Diretora de Meio Ambiente do DER-DF, Maria Dulcinéia Xavier Nunes; o coordenador de ações integradas para conservação de espécies do Instituto Chico Mendes, Daniel Santana Lorenzo Raices; a assessora de biodiversidade e proteção ambiental da Secretaria do Meio Ambiente do DF, Luísa Helena Rocha da Silva; e o gerente de fauna do Instituto Brasília Ambiental (IBRAM), Rodrigo Santos.
O ponto alto da audiência foi a memória da história trágica da loba guará, a Pequi, vítima de colisão na BR080, próximo de Padre Bernardo. O legado da Pequi, sem dúvida, será o começo de um DF mais sensível a questão da proteção das espécies animais que circulam nossas rodovias, com ações mais enérgicas e adoção de soluções mais eficientes para salvar vidas.
No que depender dos participantes, estamos no caminho certo. É unânime o consenso da utilização de mais passagens de fauna como solução para conservação e aumento das espécies animais. Além de outras medidas, como a redução de velocidade nas rodovias. Somente no DF, são mais de 200 espécies ameaçadas de alguma forma no deslocamento pelas nossas rodovias.
Um tema relevante, uma vez que, no Brasil, 475 milhões de animais são encontrados mortos nas estradas anualmente.
Pelo legado da pequi!
Sempre vigilante com a fauna do DF!
