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Manifesto Online pede que o MPDFT impeça a implementação das OS’s no DF

O mandato de Chico Vigilante não está apenas nas ruas, mas também nas redes sociais, e foi através das redes, que o Fisioterapeuta Danilo Saigg, que também é servidor da saúde do GDF, convidou o parlamentar para assinar a petição online que pede ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) que impeça a implementação das Organizações Sociais, de interesses privados para administrar o sistema de saúde do DF.

O servidor destacou que nos estados onde as OS’s foram implantadas, o serviço público de saúde teve problemas relacionados à improbidade administrativa, má gestão e queda na qualidade do já precário atendimento da população.

“Sabemos também que com a implementação das OS’s, a convocação dos servidores concursados irá se arrastar e os meios de se contratar os terceirizados é uma incógnita, que muitas vezes não leva em consideração o currículo ou experiência e sim os apadrinhamentos”, afirmou.

Defensor dos servidores, Chico Vigilante já fez vários pronunciamentos no plenário da Câmara defendendo a saúde pública na essência, tanto na gestão, como no atendimento ao povo. O petista também concorda com o servidor, quando o mesmo diz que onde as OS’s foram implantadas não deram certo.

“Onde foi aplicado, deu errado. Nós precisamos ter servidores concursados e motivados para que eles prestem um serviço à altura do que a população exige”, defendeu, Vigilante.

O parlamentar também subiu o tom pela possibilidade da entrega da gestão da saúde pública para a iniciativa privada. “Saúde não é comércio. Saúde não pode dar lucro”, disparou. Chico também ressaltou que a experiência com as OS’s no Hospital de Santa Maria foi “danosa” para a população.

Como alternativa as OS’s, o petista defende o fortalecimento e a universalidade do SUS.

Pernambuco – As Organizações Sociais gerem alguns hospitais no estado e logo no começo, foi motivo de elogios, só que depois, o sistema abraçado pelo falecido ex-governador Eduardo Campos, começou a demonstrar suas falhas e tanto os servidores como a população já dizem que as OS’s são uma ‘herança maldita’ deixada pelo pessebista.

Para se ter uma ideia, cerca de 50% dos Hospitais e UPAS do estado são administradas pelo IMIP, que já teve como diretor presidente, o ex-secretário de saúde da segunda gestão de Campos, Fernando Figueira. Vale destacar, que o mesmo Fernando Figueira é o atual secretário da Casa Civil do também pessebista e atual governador, Paulo Câmara.

O sistema é tão danoso, que apenas na unidade dos Coelhos, bairro que fica na região central de Recife, o déficit acumulado em 2014 foi de R$ 27,4 milhões. Outras oito UPAS administradas por esta OS, juntas, tem um prejuízo de R$ 28,4 milhões. Você deve estar se perguntando: Quem paga este prejuízo? Acertou quem acha que é você mesmo, cidadão.

Em setembro de 2014, o Conselho de Saúde de Pernambuco recomendou que o governo estadual rompesse o contrato com as Organizações Sociais.

Para Rosano Carvalho, que é secretário de saúde do município de Goiana, cidade que fica a 90 km da capital pernambucana, o governo estadual implementou as OS’s de forma atropelada “e com a total falta de respeito aos princípios básicos do SUS, um deles, referente ao controle social”, criticou.

Já o médico da família, Dr Carlos Melo, apontou que, no começo, a justificativa governamental era de que haveria economia nos cofres públicos. “Durante todo esse tempo, o modelo se demonstrou mais caro. E as OS’s viram que com os recursos destinados, não conseguiriam honrar os compromissos. Inclusive, não existia recurso para imprevistos. Esse modelo se mostrou ineficiente e para os trabalhadores trouxe, de certa forma, uma precarização dos vínculos trabalhistas” denunciou.

Petição Online – As novas formas de mobilização social também são observadas pelo mandato de Chico Vigilante. Nesta manhã, ele assinou a petição pública do site especializado, Avaaz, que pede ao MPDFT apoio a não implementação das Organizações Sociais no âmbito da saúde pública do Distrito Federal. Com mais de três mil assinaturas, a petição tem a meta inicial de atingir as cinco mil assinaturas. Assine você também clicando aqui.

Protesto – Um ato público contra a privatização da saúde pública do DF está sendo organizado para o próximo dia 8, às 9h, em frente ao Hospital de Base.

Por Marcos Paulo Lima / Assessoria