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Major Cláudio Santos passa mal e não comparece à CPI

Estava previsto para esta quinta-feira (19) o depoimento do major da reserva da polícia militar do DF Cláudio Mendes dos Santos, apontado como um dos líderes dos acampamentos em frente ao QG do exército em Brasília. No entanto, o depoimento à CPI dos atos antidemocráticos foi cancelado porque o militar ficou doente e precisou ser levado a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

A sessão estava marcada para começar às 10h. O militar está preso desde março, suspeito de incitar atos antidemocráticos e administrar dinheiro usado para financiar as ações golpistas.

“Infelizmente, agora pela manhã, ele passou mal no presídio, quando ele seria escoltado até aqui. Levaram ele até a UPA. A gente ficou aguardando para ver se seria possível o comparecimento dele, porque ele disse que quer falar. Mas ele está doente mesmo e recebeu três dias de atestado”, afirma Chico Vigilante.

Investigação

A prisão do major ocorreu na nona fase da Operação Lesa Pátria, que investiga os atos antidemocráticos que resultaram na invasão e depredação do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF), por apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 8 de janeiro.

O major da reserva foi alvo de mandado de prisão preventiva. Ele foi encontrado pela Polícia Federal na região do Riacho Fundo, em Brasília.

Por se tratar de um detento, o depoimento de Claudio Mendes precisou da autorização do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Em tese, ele não precisava produzir provas contra si e, por esse motivo, podia ficar em silêncio durante a oitiva, apesar estar na condição de testemunha.

Conforme informado pelo deputado deputado Chico Vigilante, o cronograma de trabalho da comissão seguirá a seguinte ordem:

26/10 – Oitiva de Saulo Moura da Cunha, diretor Adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN);

30/10 – Reunião dos titulares da comissão para apresentação do arcabouço do relatório da CPI pelo deputado Hermeto (MDB), relator da comissão.

09/11 – Oitiva do Major Cláudio Mendes dos Santos;

16/11 – Oitiva do Coronel Reginaldo Leitão, diretor do Centro de Inteligência da Polícia Militar do Distrito Federal.