Mais de 500 mil assinam petição virtual contra projeto que precariza conquistas dos servidores públicos

O PLP 257/2016, que precariza durante dois anos as condições de trabalho e salariais dos servidores públicos é rechaçado pela classe trabalhadora que através das redes sociais organiza um abaixo assinado virtual que pede o arquivamento imediato do projeto.

Contando com mais de 500 mil assinaturas, os defensores de um maior debate acerca do projeto obtiveram uma importante vitória no último dia 23, quando foi retirado o regime de urgência da pauta da Câmara Federal. Agora o projeto volta para análise na Comissão de Trabalho de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados (Ctasp).

De acordo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o projeto foi retirado porque trancava a pauta do Congresso, e não por “bondade” do governo interino de Michel Temer (PMDB).

“Nós sabemos que o PLP 257 é de interesse do governo golpista do Temer que insiste em retirar direitos da população e da classe trabalhadora”, afirma Pedro Armengol, diretor da central sindical.

Recentemente, o Dieese destacou que o projeto é um “grande contrassenso”, pois a diminuição do estado não significa necessariamente que o país vá melhorar. O órgão também afirma que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) já conta com dispositivos suficientes para conter qualquer desequilíbrio fiscal.

Já o deputado distrital Chico Vigilante (PT), afirmou que a classe trabalhadora precisa continuar unificada e de olho nos ataques que o golpista Temer quer promover.

“Com o PLP 257, eles querem que o trabalhador pague a alta conta do patinho da FIESP, CNI e do empresariado nacional. Isso nós não iremos permitir”, criticou, Vigilante.

Entenda o PLP 257/2016

Caso aprovado, o  projeto trará a suspensão de concursos públicos, o congelamento de salários, além da realização de um Programa de Demissão Voluntária (PDV). A proposta foi apresentada à presidenta Dilma Rousseff (PT) por governadores endividados que estão no limite da LRF, a exemplo de Rodrigo Rollemberg (PSB), que lidera a empreitada contra os trabalhadores.

Apoio

Se você é servidor público ou está estudando para prestar concurso, deixe a sua assinatura virtual clicando aqui O nefasto projeto também pode interromper a vitoriosa política de valorização do salário minimo, que teve inicio no governo Lula e continuou com o governo Dilma, e que agora está sob ameaça dos golpistas.

Frente Parlamentar

Nesta terça-feira (31), às 9h, será relançada no Senado Federal a Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos Previdenciários da Classe Trabalhadora. Um ato político deverá ser realizado com as presenças de parlamentares, centrais sindicais, confederações, federações, sindicatos, associações nacionais e entidades de classe.