Governo Rollemberg é recordista em obras paradas

O GDF gastou apenas 10,7% do orçamento previsto para realização de obras em 2015. Em números, dos R$ 4,6 bilhões previstos para as áreas da saúde, segurança, educação e transporte, o governo do PSB investiu apenas R$ 496 milhões.

 

Isso culminou na estagnação de obras importantes, como a construção de novas escolas e creches, infraestrutura nas regiões administrativas, construção e reformas de centros de saúde.

 

Levantamento realizado pelo deputado Chico Vigilante (PT) revelou que a queda em investimento foi de 65%, e, em comparação com os anos anteriores, representou um dado histórico.  Em 2014, último ano da gestão Agnelo Queiroz (PT), o GDF empenhou 28,8% da dotação orçamentaria. Ou seja 18% a mais do que o primeiro ano de Rollemberg.

 

Os dados mostram que alguns setores específicos foram mais afetados na atual gestão. Na saúde, por exemplo, a queda foi de 68%, na educação 66%, segurança 66% e transporte 78%. Sem dúvidas,  a área que mais sofreu com a inoperância da administração Rollemberg foi a habitação, com queda de 99%.

 

Para o deputado Chico Vigilante, a pesquisa comprova o que ele vem dizendo desde o início da atual gestão. O governo tem dinheiro em caixa, mas falta competência à equipe para gerir os recursos e atender às demandas da população.

 

“Sem dúvida, esse é o principal motivo para colocar o GDF no ranking do desemprego no Brasil, com taxa de 16%”, lembrou Vigilante.

 

A construção da Escola Técnica da Vila São José, em Brazlândia, era um sonho da comunidade local. Orçada em R$ 11 milhões, com projeto pronto e obra licitada, o projeto foi interrompido.

 

Morador de cidade, Pedro Evangelista lamenta o descaso do governo com a educação. Para ele, a construção da escola técnica representaria mais uma importante oportunidade para os jovens daquela comunidade.

 

“Infelizmente vimos que a educação não é prioridade neste governo. É lamentável ver o sonho dos moradores adiados, mesmo com o GDF dispondo de recursos”, destacou.

 

A construção das creches também ficou prejudicada. Um dos carros chefes do governo anterior, que licitou 60 creches, das quais entregou 36 para a comunidade, em 2015, o GDF paralisou as obras de oito delas.

 

Por Veronica Soarez

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