Governo golpista anuncia aumento da jornada de trabalho para 12 horas diárias mas volta atrás

Menos de 24 horas após o anúncio da elevação da jornada de trabalho para até 12 horas diárias e depois de uma ampla repercussão negativa, o golpista Michel Temer voltou atrás e mandou seu ministro desmentir a afirmação. Em encontro com sindicalistas em Brasília, o ministro Ronaldo Nogueira (PTB) revelou detalhes da proposta de reforma trabalhista.

Para o deputado Chico Vigilante (PT), a afirmação do ministro foi absurda e demonstra a escolha do governo golpista pelo caminho do retrocesso. “Basta verificar o quanto é benéfico para o trabalhador uma jornada menor de trabalho e os malefícios que virão a partir desta jornada longa e extensa proposta pelos golpistas”, avalia.

O distrital lembra que, quando foi criada a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em 1943, pelo presidente Getúlio Vargas, os trabalhadores desempenhavam uma jornada de até 16 horas por dia. O texto estipulou a jornada diária para 8 horas com o máximo de 44 semanais.

Para Vigilante, esse desencontro nas informações sobre a proposta de reforma trabalhista revela a falta de compromisso com a classe trabalhadora do governo Michel Temer. “É exatamente quem não tem um voto e está vendido para o capital internacional que quer transformar o Brasil em um campo de exploração de trabalho forçado”, dispara.