O plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal recebeu, na manhã desta segunda-feira (14), sessão solene em homenagem aos 35 anos da Escola de Aperfeiçoamento de Profissionais da Educação (Eape) – atualmente chamada de Subsecretaria de Formação Continuada dos Profissionais da Educação. A celebração reuniu deputados, representantes do governo do DF, formadores, professores e outros trabalhadores do setor; nas falas, o elogio e a defesa da formação continuada em benefício de uma educação de qualidade.
À frente da solenidade, o deputado Chico Vigilante (PT) desejou “vida longa” à Eape, destacando que a instituição foi criada em 10 de agosto de 1988, “três anos depois de o País sair da condição de ditadura, quando estávamos retomando os caminhos da democracia”. O distrital elogiou o trabalho da entidade e sua capacidade de “resistência”, a qual avaliou como fundamental para o fortalecimento da democracia.
Vigilante apontou alguns desafios para a instituição, sugerindo a implantação de polos da Eape nas regiões administrativas: “Eles teriam uma identidade forte com as regiões mais próximas, o que é fundamental para uma formação mais conectada com as escolas”. O parlamentar se comprometeu a “fazer esforço” para liberar R$ 600 mil, por meio de emendas, para a área em 2023. “Em 2024, vou destinar R$ 1 milhão para a Eape”, acrescentou.
A subsecretária de Formação Continuada dos Profissionais da Educação, Maria das Graças de Paula Machado, apontou que, apenas no primeiro semestre deste ano, a Eape ofertou 91 formações. “A formação em serviço não é apenas para progressão funcional, o foco é o nosso aluno”, ressaltou. Dirigindo-se aos trabalhadores da instituição, a gestora prestou homenagem a todos que participaram da história da Eape: “Ninguém faz nada sozinho: honramos os que estiveram, agradecemos os que estão e vamos inspirar os que virão”.
A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, também participou da sessão solene desta manhã. “A qualidade das aprendizagens dos nossos estudantes está intrinsecamente ligada à formação dos educadores”, disse. A chefe da pasta defendeu a expansão do alcance da Eape, de forma a incluir a formação continuada dos professores da rede privada de ensino: “A Eape é muito grande para ficar restrita à educação pública do DF”.
“A Eape faz diferença lá na ponta, permitindo qualidade na educação que os estudantes recebem”, ressaltou João Rocha, professor da rede pública e gerente da Subsecretaria de Formação Continuada. “É a concretização, a materialização do compromisso da categoria com a educação de qualidade”, avaliou o diretor do Sindicato do Professores (Sinpro/DF) Cleber Soares.
Na mesma linha, a professora e formadora da EAPE Renata Nogueira da Silva enalteceu o papel da instituição: “É um espaço de formação e, também, de socialização. As temáticas que trabalhamos são fundamentais para a transformação da escola, que se dá, primeiro, no indivíduo e, depois, na coletividade”.