Falta transparência na gestão do GDF

Passados um ano e dois meses de sua posse, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) ainda não cumpriu a promessa de ampliar a transparência na gestão do GDF e das contas públicas. Durante a campanha, ele afirmou que realizaria uma “radicalização” nesse quesito, o que incluiria, dentre outras coisas, o acesso público ao Sistema Integrado de Gestão Governamental (Siggo), o que não aconteceu. O portal Siga Brasília, lançado com o mesmo objetivo em junho de 2015, está desatualizado e será retomado graças à intervenção da Controladoria-Geral da União (CGU).

Enquanto isso, o acesso à gestão continua restrita a parlamentares distritais e federais e servidores de alto escalão do GDF. Iniciativas como a do líder do PT na Câmara Legislativa, Chico Vigilante (PT), que divulga diariamente a quantidade de recursos disponíveis no caixa do GDF em seu Facebook, têm auxiliado a população a fazer o acompanhamento da gestão dos recursos públicos.

“Com a divulgação destes dados, procuro evitar que o governo diga aquela velha falácia do inicio da gestão de que não tinha dinheiro”, afirma o deputado.

“Nós provamos que, enquanto Rollemberg dizia diariamente que não tinha dinheiro em caixa, a gente apontava que existia. No final, o Tribunal de Contas do Distrito Federal confirmou que nós estávamos certos”, completa.

Siga Brasília – Anunciado pelo governador Rodrigo Rollemberg como um instrumento para a divulgação mensal dos gastos do governo, remuneração e escala de trabalho de servidores, o portal Siga Brasília funcionou por apenas quatro meses em 2015. Depois disso, foi abandonado, conforme denunciou o Portal Metrópoles DF.

A CGU solicitou ao GDF a atualização da portal. Segundo a Secretaria de Planejamento, o espaço virtual estará atualizado até o final desta semana. Para o ex-presidente da Associação Brasileira dos Secretários de Finanças das Capitais, o auditor municipal Elísio Soares, a atualização dos dados deveriam ser uma obrigação cumprida à risca.

“Para a população, já não é fácil acompanhar as contas públicas, e fica ainda mais difícil quando não existem meios para acompanhar a execução do seu dinheiro”, afirmou Soares.