Professores e estudantes se uniram na manhã desta quarta-feira (29) para ocupar o prédio do Ministério da Educação em Brasília. A manifestação faz parte da Jornada de Lutas pela Democracia e Garantia de Empregos, Direitos e Conquistas, e evolvem entidades como a UNE, UBES, CNTE, Sinpro-DF e CUT.
Entre as principais reivindicações dos ocupantes, está a implementação integral do Plano Nacional de Educação (PNE). Eles também denunciam que o governo interino não vem defendendo, por exemplo, a aposentadoria especial para professores e, tampouco, a vinculação de receitas para a educação.
O deputado Chico Vigilante participou das articulações para as últimas votações da Câmara Legislativa antes do recesso parlamentar. Ele parabenizou a mobilização dos educadores e reafirmou seu compromisso com uma educação pública, gratuita e de qualidade.
O que o Temer e seus aliados estão fazendo com a nossa educação é inadmissível. Em vez de ampliar os investimentos, ele simplesmente toma medidas que inviabilizam uma das grandes conquistas dos governos de Lula e Dilma, que é o PNE, disse.
De acordo com o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão, a atividade tem como principal mote a defesa da democracia, contra o golpe e em defesa da educação pública e dos direitos.
“O governo golpista está atacando de forma muito dura o estado brasileiro. Pegue por exemplo a PEC 241, que foi enviada recentemente ao congresso pelo governo golpista”, criticou
Segundo Leão, a PEC 241/2016, que foi enviada pelo executivo interino diminui substancialmente os investimentos em educação e limita consideravelmente a implementação do PNE.
O educador também condenou a “Lei da Mordaça”, que está sendo levantada por parlamentares golpistas de todo país.
“Essa lei é um absurdo. Ela impede que o professor de dar aula, pois qualquer coisa que eles falem, correm o risco de ser enquadrado nesse conceito ultrapassado”, destacou.
Para a diretora de movimentos sociais da União Nacional dos Estudantes, Sarah Lindalva, destacou que neste momento de crise, é fundamental a união entre estudantes e trabalhadores na defesa de um bem tão importante como a educação.
“A gente vê a agenda do governo golpista que visa desmontar a educação e os direitos conquistados nos últimos anos com preocupação”, explicou.
Sarah também defendeu o restabelecimento imediato da ordem democrática no país, que foi cassada pela turma do Temer, Cunha e oposição.
De acordo com os organizadores, cerca de 1000 pessoas de várias partes do país estão participando da ocupação ao prédio do MEC.