Estudantes da UNB cobram melhorias na saúde pública

Em concordância com o que o deputado Chico Vigilante (PT) denuncia há mais de um ano, a cobrança por melhorias na saúde pública esteve no foco das discussões durante o projeto Câmara em Movimento, realizado na tarde de quarta-feira (30), no campus da Universidade de Brasília (UnB-Ceilândia). Professores, estudantes e a comunidade de Ceilândia se revezaram para pedir mais segurança, melhorias na infraestrutura da cidade e educação.

O segundo assunto mais cobrado das autoridades foi melhorias no sistema do transporte público. Os estudantes pediram a construção de uma passarela em frente à universidade, a inclusão de uma linha de ônibus que liga o metrô até o campus e mais integração. Alguns estudantes relataram que são obrigados a gastar mais por falta de integração nos ônibus que atenda às necessidades deles.

Muitos alunos fizeram intervenções em defesa da atenção básica de saúde para evitar as filas nos hospitais. Nas mãos deles, estudos sobre a importância de se investir na saúde preventiva.

O estudante Adriano Vilaça destacou a importância do reconhecimento do profissional sanitarista. “Precisamos ser reconhecidos como profissional de saúde, pois sua atuação se dá na prevenção de muitas doenças”, disse.

“Nós não queremos apenas ocupar cargos na Secretaria de Saúde, mas sim contribuir com nossos conhecimentos para melhorar o atendimento à população”, pediu.

A professora do curso de Saúde Coletiva da UnB, Mariana Cruz, destacou que os próprios estudantes da faculdade podem contribuir para melhorar o quadro na gestão da saúde do DF. “A presença do profissional de saúde coletiva é fundamental se quisermos aperfeiçoar o gerenciamento do sistema, pois ele atua na base, na atenção primária”, defendeu.

Diante das colocações dos professores e alunos, Vigilante aproveitou o momento para, mais uma vez, afirmar a sua posição contra a implantação das Organizações Sociais na gestão da saúde pública de Brasília. “Sou contra a implantação da OSs  na gestão da saúde. O SUS não pode ser privatizado”, afirmou. Vigilante.

Ele também relatou a história sobre a construção da Universidade em Ceilândia e o papel da comunidade da cidade na viabilização do campus da UnB na região. “Essa universidade nasceu da vontade de ceilandenses corajosos que fizeram passeatas, abaixo-assinados e mobilizações”, relembrou.

“É com a força dessa mesma comunidade que vamos avançar para resolver os problemas enfrentados pelos estudantes”, conclui.

Por Verônica Soarez