“Para fazer o enfrentamento contra essa direita fascista que quer acabar com as conquistas da classe trabalhadora, é necessário que estejamos unidos”. Estas foram as palavras do deputado distrital Chico Vigilante ao chamar a militância petista para lutar contra o golpe à democracia. Foi durante a plenária da deputada federal Erika Kokay (PT-DF), que reuniu cerca de 700 pessoas no auditório da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).
O objetivo do encontro, realizado nesta quinta-feira (14) pelo gabinete da deputada Kokay, foi contribuir com a organização da resistência ao golpe. O grupo também debateu estratégias de enfrentamento contra a retirada de direitos sociais e trabalhistas.
Vigilante falou da campanha difamatória encampada pela direita e a mídiagolpista para criminalizar o Partido dos Trabalhadores e os movimentos sociais. “Um exemplo disso foi a campanha para destruir a Petrobras. Ontem, os indicadores econômicos apontaram que a Petrobras continua sendo uma das empresas mais rentáveis do mundo e que os investidores do mundo todo querem investir na empresa aqui no Brasil”.
O parlamentar aproveitou o momento para alertar a militância, em especial os servidores públicos, sobre a discussão do PLP 257/2016, em tramitação no Congresso Nacional, que ataca severamente os direitos dos servidores públicos de vários estados brasileiros e no DF.
“Esse projeto é um verdadeiro ataque contra os servidores. Ser for aprovado, os servidores ficarão 10 anos sem reajustes salariais. Os Estados, Municípios, União e o DF poderão ficar 24 meses sem contratar servidores públicos”, disse.
A deputada Erika Kokay realizou uma análise de conjuntura sobre o momento que o Brasil atravessa e reafirmou seu compromisso de lutar contra o golpe, que afastou temporariamente do poder a presidenta Dilma Rousseff. A deputada também confirmou sua contribuição na organização das lutas sociais no DF para aglutinar força contra o avanço conservador e a tentativa de cassar a democracia.
Para a deputada, o golpe é produto daqueles que não aceitaram quatro derrotas eleitorais consecutivas para o PT, e tiveram que recorrer a um golpe parlamentar para chegar ao poder e implementar uma agenda restritiva de direitos, que jamais passaria pelo crivo das urnas.
“O absurdo perdeu a modéstia. Estamos vendo golpistas defenderem 80 horas de trabalho semanais, 75 anos como idade mínima para aposentadoria e o congelamento dos gastos em saúde e educação para os próximos 20 anos”, citou a parlamentar.
A Plenária contou com a participação do presidente da CUT-DF, Rodrigo Brito, do representante da Frente Brasil Popular e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Igor Felipe, além de dirigentes sindicais, lideranças sociais, do movimento negro, de mulheres, juventude, LGBT e ciganos.
Com informações da assessoria da deputada Erika Kokay