Em defesa da democracia, o domingo foi marcado pelo ato Não Vai Ter Golpe

O Ato pró-Dilma, Não Vai Ter Golpe, tomou conta das cidades do Distrito Federal neste domingo (13). Taguatinga, Gama, Planaltina, Ceilândia e o Guara são algumas das cidades em que os militantes do Partido dos Trabalhadores e simpatizantes foram às ruas defender o mandado democrático da Presidenta Dilma Rousseff.

Em Ceilândia, o ato realizado no Hotel Brisa Tower, reuniu aproximadamente 200 pessoas para discutir o delicado momento político que o Brasil está atravessando. O ato também foi marcado pelo diálogo entre vários representantes da sociedade civil, como representes de associações, empresários, donas de casa e trabalhadores.

A presidente do PT de Ceilândia, Neide Lucena, abriu o encontro destacando a importância da representatividade da presidenta Dilma Rousseff para o povo brasileiro, principalmente por ser uma mulher.

O ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas fez questão de participar do ato. Ele falou da necessidade de a população se unir e dizer não contra o golpe, armado pela elite brasileira e seus representantes de direita, com o apoio da grande mídia.

Para Gabas, o Partido dos Trabalhadores está pagando um alto preço por ter sido eleito quatro vezes consecutivas para comandar o país.  “Estamos pagando pelos nossos acertos e erros. Mas o principal motivo é a inconformação da elite com as transformações sociais que fizemos no país”.

Gabas ponderou que o PT errou ao manter o mesmo modelo de financiamento privado de campanha. “Em 2003, deveríamos ter rompido com o modelo. É preciso dialogar, garantir com a base social, construir uma alternativa com a esquerda, que sabe o valor do nosso projeto político, por mais que haja divergência política”, pontuou.

A partir do encontro, o grupo produziu o documento intitulado “Manifesto Ceilândia Contra o Golpe”, que reuniu a assinatura de várias entidades.

O deputado Chico Vigilante leu o manifesto, e destacou a necessidade de se fazer o levante pela manutenção da democracia.

Representando a Associação Comercial de Ceilândia (ACIC), Clemilton Saraiva lembrou da sua infância no interior do Maranhão, quando os mais pobres eram esquecidos. Hoje a situação mudou. “Há  seis meses, quando retornei à minha cidade, pude presenciar a mudança que houve na situação econômica das pessoas mais pobres”, contou. “Nós não fazemos parte dessa oligarquia que é contra o desenvolvimento do país. Estamos aqui hoje para mandar um recado para a população brasileira: estamos contrários ao golpe!”, colocou.

Mas não só militantes do PT participaram do encontro. O  Professor Gadelha, presidente  do PDT Ceilândia, também se levantou contra o golpe. “Sem sombra de dúvidas, nós vivemos o que a filósofa Anna Arendt dizia: nós vivemos tempos sombrios! O mal desse país sempre foram as elites. Você pode destruir tudo de um povo, mas você não pode destruir dele a esperança, como diz o nosso ex-presidente Lula”, ponderou.

O presidente do PT do DF, Roberto Policarpo, destacou que o PT do DF, hoje, está fazendo atividades em todas as cidades para que possa mostrar uma grande manifestação nossa e dizer que somos contra esse golpe. .
“Nós não vamos aceitar golpe. O processo de impeachment que está hoje na Câmara Federal é uma afronta à democracia. É importante que tenhamos em mente de que nós precisamos enfrentar esse momento. O que está em jogo é a defesa da democracia, o futuro do nosso país”, ressaltou.

O presidente da Associação de Industria de Ceilândia (Assedic) Rogério Samir também destacou a importância do partido de esquerda para as transformações sociais do país. “Somos totalmente contra esse golpe.  Não permitiremos jamais que isso aconteça. Como empresários, a nossa função é gerar oportunidades para a classe trabalhadora”, destacou.
Ainda durante o encontro, diversas liderança se manifestaram a favor da presidenta Dilma Rousseff.

 

Leia a íntegra do Manifesto

Por Veronica Soarez / Assessoria

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