Tenho acompanhado com tristeza o posicionamento dos representantes da extrema direita à respeito da tragédia no Rio Grande do Sul. Enquanto o espírito de resiliência e solidariedade de milhões de brasileiros abastece a esperança de milhares de desabrigados, as inverdades propagadas pelos extremistas desrespeitam a vida daqueles que lutam por sobreviver e se reerguer da catástrofe.
É uma espécie de terrorismo psicológico. Estão inventando todos os tipos de fake news, atrapalhando o atendimento às pessoas e aos animais que necessitam de apoio urgente. Até as imagens mais comoventes viram objeto de falácias nas mãos dos extremistas da direita. Vide o caso do cavalo no telhado. A forma bizarra que lidam com a situação é uma afronta para qualquer pessoa sã, menos para os hipnotizados digitais infectados pelo vírus da incompreensão e da cegueira.
Tem mais: ficam inventando que o governo federal está barrando a entrada de alimentos, exigindo habilitação de barqueiros e ignorando ajuda de países, como o Uruguai. Tudo mentira. No caso do transporte de donativos, a Agência Nacional de Transporte Terrestre, agência independente, um auditor identificou pesagem acima do limite estabelecido para aquelas rodovias. No entanto, não houve retenção, o veículo seguiu viagem, fez a entrega e, posteriormente, a multa foi anulada.
É muito triste ver até onde o ser humano pode chegar para galgar, da forma que seja, ao poder. Dessa forma, é urgente a aprovação de uma legislação de combate à fake news no Brasil. Se eles são capazes de fazer isso com uma tragédia, imagina o que serão capazes de fazer durante as eleições. Está na hora da nação, cada qual com seu pensamento ideológico, se unir para combater o veneno deste País: a extrema direita. Vamos todos combater aquilo que é nocivo aos interesses nacionais.