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Descaso no Hospital de Santa Maria

Estamos passando por uma situação dramática no Hospital de Santa Maria. A jovem CMG, de 20 anos, grávida de oito meses, deu entrada no Hospital de Santa Maria para a internação na última terça feira (22/10), aproximadamente às 23h.

Ela realizava o acompanhamento pré-natal no Hospital Regional do Gama e foi encaminhada com diagnóstico de alto-risco para tratamento com urgência.

A família argumenta que, quando a paciente deu entrada no hospital, o bebê ainda estava vivo. Com a demora no atendimento, a criança veio a óbito dentro do ventre da mãe.

De acordo com o relato dos familiares da paciente, no dia 23, às 9h30 foi realizado um exame de ultrassom no qual verificaram que o coração do bebê não recebia mais sangue. Desde então, a equipe informa que seria necessário a retirada do feto.

Nesta quinta-feira, foi realizado outro ultrassom e a equipe informou que o caso requeria uma cesariana. À meia-noite, a equipe determinou a retirada da alimentação da paciente, como preparatório para a cirurgia, no entanto, ao meio-dia desta sexta-feira, a alimentação foi retomada.

O mais macabro e sinistro, é que a equipe do Hospital de Santa Maria informou para esta jovem que a prioridade deles era tratar dos vivos. Que a criança, que já estava morta, não seria prioridade. A cirurgia não foi realizada porque, de acordo com a equipe do hospital, estavam na frente pacientes na frente e o dela era um feto morto.

No entanto, a paciente corre sérios riscos de contrair uma infecção generalizada e ser a próxima vítima fatal dessa ocorrência de descaso da saúde pública do Distrito Federal.

Ontem, sexta-feira, conversei por mais de uma oportunidade com o secretário de Saúde do DF, Osnei Okumoto, para cobrar uma ação imediata dada a gravidade deste caso.

É bom que se diga que o HSM faz parte do IGES. Lembro, aqui, que, quando da votação do projeto de lei que ampliava a gestão do IGES para o Hospital de Santa Maria, e que fui contra, o discurso governista era de que iria melhorar o atendimento no hospital.

No entanto, vemos uma verdadeira podridão o atendimento no hospital e é inaceitável o que está acontecendo com essa jovem em estágio de gravidez avançada de pura desumanidade.