Na noite desta sexta-feira (9) participei de mais um importante debate sobre a Reforma da Previdência. Desta vez, foi no Campus Planaltina do Instituto Federal Brasília (IFB) para um público de quase 100 alunos e professores.
Fiquei, especialmente, feliz de realizar essa discussão no Campus Planaltina do IFB, porque estive presente quando o presidente Lula inaugurou essa unidade de ensino tecnológico depois de muitos anos como Escola Agrotécnica.
Eu e o ex-ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, estamos indo em diversas instituições de ensino para esclarecermos à comunidade acadêmica as maldades da reforma da previdência do governo do capitão-capiroto.
Falei que o governo está adotando a mesma estratégia publicitária utilizada na reforma trabalhista de que a mudança vai gerar mais empregos e que isso não vai acontecer.
Afirmei que essa reforma do governo do capiroto é recheada de maldades, principalmente, para os trabalhadores rurais, para os mais pobres, mulheres e idosos.
Também expliquei que a ideia de implementar a capitalização como meio de pagar as aposentadorias dos trabalhadores, sonho do ministro da Economia, Paulo Guedes, é uma cópia do modelo implantado no Chile.
Esse modelo, décadas após sua implantação, está mostrando seu fracasso com um número crescente de idosos sem condições financeiras mínimas de sobrevivência.
Inclusive, um professor do IFB deu um importante relato ao contar ter presenciado uma manifestação dos idosos desesperados por melhores condições financeiras, em Santiago do Chile.
Segundo ele, o que se fala no país chileno é que o idoso tem que decidir se compra alimentos ou paga as contas e que a maioria está tendo que morar com os filhos, dada o valor muito reduzido das pensões.
O ex-ministro Berzoini foi taxativo ao afirmar que a Previdência não deve ser tratada como assunto de Governo. Pelo contrário, deve ser assunto de Estado.
Ele salientou que, estabelecer uma idade mínima vai significar um acréscimo de dez anos de trabalho para que o cidadão consiga se aposentar. “Caso tenha saúde e emprego aos 65 anos”, disse.