Cristovam, o laranja de Alckmin

Dá muita tristeza ver o senador Cristovam Buarque ser denunciado por vender apoio ao candidato Geraldo Alckmin, no segundo turno das eleições presidenciais de 2006, com recursos de Caixa Dois.

Uma pessoa que respeitava e ajudei em várias campanhas, tanto nas duas campanhas a governador do Distrito Federal, quanto nas duas vezes para o Senado na qual acabou sendo eleito.

Essa atitude de vender seu apoio para o candidato tucano é das coisas mais vergonhosas e deprimentes a qual um político pode se prestar.

Ainda mais vendendo seu apoio contra um candidato à reeleição que estava fazendo estruturantes mudanças sociais e econômicas desde seu primeiro mandato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

É muito triste e decepcionante ver esse comportamento por parte do ex-candidato e senador Cristovam Buarque.

Ele precisa, de maneira urgente e efetiva, explicar para a sociedade brasileira, e não apenas para o Distrito Federal, como se desenrolou essa operação de venda de apoio nas eleições de 2006.

E digo mais, Cristovam deve ter a humildade de pedir desculpas aos brasileiros por ter simplesmente virado “laranja” do governador Geraldo Alckmin.

Essa é a prática que muitos políticos brasileiros, que se proclamam arautos da honestidade, como é o caso de Cristovam Buarque, se utilizam para tentar derrubar a presidenta Dilma Rousseff.

Quero me solidarizar às centenas de militantes petistas que, de forma gratuita, colaboraram com as campanhas antigas do senhor Cristovam Buarque, porque acreditavam em suas palavras e propostas, e que, agora, sentem-se muito envergonhados e traídos pelas práticas do senador reveladas pela imprensa.

O mínimo que ele deveria fazer era devolver nosso voto.

Deputado distrital Chico Vigilante (PT-DF)