Crise evidencia falta de gestão no Procon-DF

O afastamento do diretor presidente do Procon-DF, Paulo Márcio Sampaio, por denúncias de assédio moral contra servidores, colocam  o Procon-DF  no epicentro da crise política vivida pelo governo Rodrigo Rollemberg (PSB).Mas não são apenas os funcionários que sofrem com a falta de gestão. A população também é penalizada com a falta de estrutura para atendimento no órgão.

Diante do problema, o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT)  enviou recomendação ao governador para que os aprovados no concurso promovido na gestão Agnelo Queiroz (PT) sejam nomeados e empossados.  O MP também recomendou a substituição dos  comissionados .

“O Procon é a polícia administrativa do consumidor. É a linha de frente dos atendimentos e precisa de pessoas qualificadas e isentas”, defende o  promotor da Justiça de Defesa do Consumidor, Paulo Roberto Binicheski.

Cartel dos Combustíveis – A morosidade com que são tratados os interesses do consumidor no Procon-DF também é criticada pelo deputado Chico Vigilante (PT).

“Cobrei por diversas vezes que o órgão entrasse na luta contra o Cartel dos Combustíveis. A margem de lucro exorbitante já está comprovada e nada é feito”.

No dia 25 de janeiro, o Procon-DF notificou os postos de gasolina para apresentarem as planilhas e as justificativas sobre os aumentos dos preços de combustíveis ocorridos no final de 2015.

O prazo dado pelo órgão foi de 10 dias. “Já se passaram mais de 20 dias e não ouvimos falar nada sobre uma ação mais enérgica”, relatou Vigilante.

Transparência – Quem busca informações no site do Procon-DF,  tem dificuldades para resolver sua demanda. Na página há um aviso que o “Procon Digital” encontra-se inacessível e sem previsão de retorno.

No informe digital, os consumidores são orientados a procurar a sede mais próxima da autarquia. A última notícia postada em seu site é datada de 26 de janeiro.

Por Marcos Paulo – Assessoria Imprensa