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CPI fará oitivas com militares e financiadores dos atos de 8/1

Durante reunião esta manhã (4/4),  a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) – que investiga os atos de depredação a prédios públicos de Brasília no dia 8 de janeiro – definiu como foco principal do cronograma de trabalho para os meses de abril e maio a convocação de militares e de dois empresários que já estão sendo investigados pela Polícia Federal por suspeita de financiamento dos manifestantes.

Os deputados distritais que integram a comissão vão ouvir, na próxima semana (13/4) e no dia 20, respectivamente, Adauto Lucio Mesquita e Joveci Andrade. Adauto Lúcio é acusado de financiar o acampamento que ficou montado em frente ao quartel geral do Exército em Brasília até o início de janeiro e, inclusive, acampou lá por um período. Já Joveci Andrade é do ramo do comércio e está sendo investigado por ter ajudado a patrocinar a ida de manifestantes à capital do país no dia das depredações.

Segundo o presidente da CPI, deputado distrital Chico Vigilante (PT), os dois não serão prejudicados por serem convocados para depor na comissão uma vez que já estão sendo investigados pelas forças de segurança e já existe, por parte das investigações, comprovação concreta de que deram contribuições financeiras para grupos bolsonaristas.

Militares – Já em maio, a CPI vai focar o convite a militares do Exército, com o argumento de que as afirmações colhidas até aqui apontam que houve colaboração de membros desta Força nos atos, como a manutenção do acampamento em frente ao quartel de Brasília. Ficou de ser convocado, no dia 4/5, o general Augusto Heleno (que chefiou o Gabinete de Segurança Institucional do governo Jair Bolsonaro) – uma vez que ele está na reserva então, legalmente, pode ser convocado. E convidado para o dia 11/5 o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, que chefiava o Comando Militar do Planalto em 8 de janeiro (dia das depredações) – porque como está na ativa, ele só pode ir à CPI se convidado.

Os parlamentares também querem ouvir, em maio, o indígena José Acácio Serere xavante, mais conhecido como cacique Tserere, que foi preso no dia 12 de dezembro. Ele estava acampado em frente ao quartel e os manifestantes responsáveis pela manifestação realizada nesta data que resultou em ônibus quebrados no centro de Brasília afirmaram que tiveram um gesto de protesto contra a prisão dele.

Nas demais reuniões, serão ouvidos outros policiais e técnicos de forças de segurança do Distrito Federal. No total, existem 24 requerimentos já aprovados para convocações e convites a depoentes. Os integrantes da comissão destacaram que, caso não seja possível concluir as investigações e ouvir todos os nomes aprovados para depor no prazo de 90 dias (final de maio), vão pedir a prorrogação dos trabalhos por igual período.

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