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CPI: Ex-subsecretária diz que enviou relatórios de inteligência ao comando da SSP sobre os atos

A ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Distrito Federal, Marília Ferreira Alencar, afirmou à CPI dos Atos Antidemocráticos, nesta quinta-feira (9), que alertou com antecedência os gestores da pasta sobre os riscos da mobilização golpista do dia 8 de janeiro. As informações, que constam em relatório apresentado na antevéspera dos atos, serviu, segundo ela, para a elaboração do chamado “Planejamento de Ação Integrado (PAI)” – que costuma ser montado para conter manifestações de grande porte.

As declarações da ex-subsecretária, na avaliação presidente da CPI, deputado Chico Vigilante (PT), deixam ainda mais clara a percepção que a comissão já tinha de que houve falha na operação policial. “Cada vez que a gente aprofunda mais as investigações, percebe que houve uma falha brutal por parte da Polícia Militar do DF”, disse Vigilante. “Minha área atua na parte de inteligência, de reunir todas as informações repassadas pelos órgãos policiais e estratégicos de segurança e repassar aos responsáveis pela tomada de decisões a nível operacional. O que se tinha foi recebido e repassado devidamente. Não quero emitir juízo de valor aqui, mas meu trabalho nunca teve relação com a parte operacional da segurança”, afirmou.

Informes mostraram – Ainda de acordo com Marília, que é delegada da Polícia Federal, os informes da inteligência mostravam possibilidade de “fatos alarmantes, embora não confirmados”, demonstrando que os golpistas apresentavam “ânimos exaltados, dispostos a confronto com as forças de segurança”, ocupação de prédios públicos, e que visavam a “tomada de poder”.

Ao mesmo tempo, ela ressaltou que estas informações mudavam a cada momento e na véspera dos atos, davam conta de que a situação estava tranquila. “No dia 7 de janeiro informamos que havia manifestantes com ânimos exaltados e dispostos a enfrentar as forças de segurança. Avisamos isso várias vezes”, enfatizou. Além disso, segundo destacou a delegada, informações sobre o número de ônibus e de participantes, bem como o deslocamento dos golpistas à Esplanada dos Ministérios estavam sendo atualizadas constantemente.

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