Os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura os atos antidemocráticos na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), que realizou hoje (2) a segunda reunião, com tomada do primeiro depoimento pelo colegiado, também aprovaram 20 novos requerimentos com pedidos diversos de documentos e acesso a dados de inquéritos que investigam as depredações de manifestantes realizadas no dia 8 de janeiro.
A CPI tem como presidente o deputado distrital Chico Vigilante (PT), que afirmou, ao final dos trabalhos, que “praticamente está clara a conivência das autoridades ligadas à Polícia Militar nas depredações e cenas de terrorismo observadas em Brasília no dia 8 de janeiro”. Conforme a avaliação do deputado, o depoimento de hoje, do ex-secretário executivo de Segurança Pública do Distrito Federal, Fernando de Souza Oliveira, foi esclarecedor. “Ele é um delegado de carreira e isso pode manchar a carreira dele, se não for esclarecido”, frisou. O distrital disse ainda que há indícios de que existia uma verdadeira “guerra interna” na Polícia Militar, com um lado atuando pela derrubada do comandante geral da corporação – e que isso se refletiu na falta de segurança de PMs no dia 8 de janeiro. “Quem pagou foi a população do DF”, acrescentou.
Requerimentos – Dentre os pedidos de requerimentos aprovados destacam-se oitiva do interventor federal designado pelo presidente Lula no mesmo dia para a segurança pública do DF, Ricardo Capelli e de empresários apontados e já em investigação como possíveis financiadores destes atos. Os parlamentares aprovaram, ainda, a convocação à CPI do tenente coronel Paulo José, diretor adjunto da Diretoria Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal, uma vez que no dia 08 de janeiro era ele quem respondia pela diretoria da corporação – em substituição ao coronel Jorge Eduardo Naime. Foi aprovada ainda a quebra de sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático do coronel Naime.
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