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CPI aprova reunião reservada na próxima quinta-feira (16) para ouvir Anderson Torres

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), aprovou hoje (9) requerimento para que o ex-secretário de Segurança Pública do DF e ex-ministro da Justiça e Segurança Anderson Torres seja ouvido na próxima quinta-feira (16), às 10h, em reunião reservada da CPI.

A convocação de Torres estava programada para esta manhã e tinha sido autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, mas dando ao ex-ministro o direito de escolher se iria ou não e, se fosse, de permanecer calado. Após tratativas feitas entre policiais e o próprio Torres, seu advogado de defesa informou à CPI na noite de ontem que ele tinha decidido depor, mas contanto que fosse só para os parlamentares da comissão.

O requerimento de sessão reservada foi apresentado pelo presidente da CPI, deputado distrital Chico Vigilante (PT) e assinado por todos os cinco integrantes do colegiado presentes na reunião: o relator Hermeto Neto (MDB); Fábio Felix (Psol), Jaqueline Silva (sem partido) e Pastor Daniel de Castro (PP). Conforme o rito regimental da CLDF, a reunião reservada terá presença permitida apenas para os membros da comissão e para alguns poucos servidores determinados pela presidência. Não será permitida a presença da imprensa e também será proibida transmissão de TV e rádio.

Muito a falar – “Conforme informou seu advogado, ele mandou nos dizer que tem muito a falar. Pois bem, nós também queremos que ele fale. Não queremos a exposição da imagem dele, queremos as informações”, disse o presidente da CPI, Chico Vigilante.

Questionado sobre os argumentos apresentados pela defesa de Torres no início da semana de que tudo o que ele tinha a falar tecnicamente sobre a área de segurança no dia dos atos de depredação já foi relatado à Polícia Federal, Vigilante disse que essa não é a questão. “A CPI é técnica e política. O ex-secretário deu sua declaração à PF de forma técnica. Nós queremos ouvi-lo de forma política, saber o envolvimento político dele com o caso e o de pessoas ligadas ao seu grupo nestes atos”, ressaltou.

Nos últimos dias, informações contraditórias e dúvidas sobre se Torres iria ou não depor da CPI tomaram conta do noticiário nacional. Como a sugestão de reunião reservada foi dada pelo seu próprio advogado, a expectativa é de que o comparecimento, agora, seja certo. Anderson Torres está preso na sede da Polícia Militar do DF e é alvo de investigação por omissão e conivência com os atos antidemocráticos realizados no dia 8 de janeiro, quando manifestantes depredaram, na capital do país, as sedes dos Três Poderes da República.

 

 

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