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Cortes de recursos do GDF põem vigilantes em risco

A demissão de vigilantes como estratégia para cortar despesas do GDF começa a surtir efeitos negativos. Desde que assumiu o governo, Rodrigo Rollemberg (PSB) determinou a redução de 20% das empresas terceirizadas. Isso ocasionou a demissão de vigilantes, copeiras e auxiliares de serviços gerais em diversos órgãos.

Com isso, sem número adequados para o efetivo fazer vigilância de postos como os do Metrô, os bandidos estão assaltando os vigilantes para tomar as armas.

Nos últimos dois dias, ocorrências com as mesmas características chamaram a atenção. A primeiro assalto, ocorrido na noite do domingo (24) na estação do Metrô, em Ceilândia, resultou na morte brutal do vigilante Narcélio Rodrigues Acâmpora, de 49 anos.

No Parque da Água Mineral, um vigilante que também estava em horário de trabalho foi rendido na última segunda-feira (24) e teve a arma levada.

O vice-presidente do Sindicato dos Vigilantes, Paulo Quadros, avalia que os dois crimes foram ocasionados pelo mesmo motivo: a redução de trabalhadores em vigilância.

De acordo com ele, até o final do mês de março, o Metrô contava com 303 trabalhadores em vigilância. Recentemente, o órgão cortou 96 trabalhadores e com isso, as rondas que eram feitas por dois vigilantes, são realizadas apenas por um.

“O sindicato realizou diversas reuniões para tentar impedir as demissões. A vigilância do metrô contava com 300 homens e este número já não era suficiente. O sindicato está trabalhando para aumentar o quadro novamente”, disse.

O deputado distrital Chico Vigilante (PT) classificou a situação como gravíssima. “Na verdade, ali demonstra aquilo que nós já tínhamos alertado para o Metrô, que é impossível dois vigilantes fazerem a segurança de uma estação daquele tamanho”.

Para o deputado, é preciso ter um plano de segurança, com um número ideal de segurança para fazer essa vigilância.

“O companheiro que perdeu a vida foi em função da situação precária. Tinham quatro vigilantes saiam dois para fazer o patrulhamento e ficavam dois no posto”, relatou.

“À medida que reduziram para apenas dois, sai um para fazer o patrulhamento e o outro fica sozinho, tornando-se presa fácil para os bandidos”, finalizou o parlamentar.

O Sindicato alerta que em alguns órgãos,  o número de vigilantes foi reduzido em 50%.

Vigilante relata que o Sindicato alertou a Polícia Federal a respeito do que está acontecendo.  “É importante que os órgãos do governo do DF atentem para essa realidade para não continuar colocando a vida de pais e mães de famílias em risco, como acontece agora.

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