A greve dos vigilantes já reflete na segurança dos hospitais públicos do Distrito Federal. Na manhã desta terça-feira (11), um corpo de uma pessoa do sexo masculino foi encontrado no banheiro da emergência do Hospital de Planaltina, com sinais de estrangulamento.
Para o deputado distrital Chico Vigilante (PT), essa morte é reflexo da falta de comprometimento do GDF e das empresas de segurança privada com a população. “Eles menosprezam os trabalhadores da segurança. Infelizmente, uma pessoa teve que morer para que eles percebam a falta que os vigilantes fazem dentro das unidades de saúde”, destacou o parlamentar.
“Tudo isso é culpa do governo e das empresas que não honraram os compromissos assumidos com os trabalhadores.Espero que o governo reflita sobre esse fato, e resolva o problema dos vigilantes”, completou.”, completou.
Entenda o caso
Os vigilantes, que prestam serviço na rede pública de saúde, cruzaram os braços na manhã da segunda-feira (10) em protesto contra o atraso nos salários. De acordo com o Sindicato dos Vigilantes, cerca de 70% dos trabalhadores aderiam ao movimento grevista. No Hospital de Planaltina, local da ocorrência, a greve atingiu 100% dos trabalhadores.
A paralisação já prejudica o atendimento à população em hospitais, centros de saúde, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Casas da Famílias de várias regiões administrativas do DF. Por falta de vigilantes, alguns hospitais suspenderam o horário de visita aos pacientes.
Denúncia
Com a greve, internos do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) foram usados para suprir a ausência dos profissionais. Segundo denúncia do sindicato da categoria, quatro presos foram flagrados ocupando posto de vigia na entrada de funcionários do Hospital Regional de Ceilândia (HRC).
