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Com aprovação de convocações e quebra de sigilos, deputados dão início à CPI

Com a aprovação de vários requerimentos para quebra de sigilos telemáticos, fiscais e bancários e convocações de autoridades e pessoas diversas, deputados do Distrito Federal deram início, esta manhã (14/2) `a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura os atos antidemocráticos realizados em Brasília nos dias 12 de dezembro e 8 de janeiro. No último caso, quando foram depredadas as sedes do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).

O presidente da CPI, deputado distrital Chico Vigilante (PT), deixou claro que o objetivo do trabalho é “saber efetivamente quem financiou esses atos, porque financiou essa tentativa de golpe para que nunca mais isso venha a acontecer nesse país”. Em entrevista concedida ontem para jornais e TVs que repercutiu, o parlamentar chegou a afirmar que, em sua avaliação, foi dado de fato um golpe no país, “só que esse golpe não se sustentou”.

Vigilante também é da opinião de que “só existiu o 8 de janeiro porque existiu o 12 de dezembro”. Nessa data, da diplomação do presidente Lula pela Justiça eleitoral, Brasília foi marcada por uma noite com várias depredações, e incêndios de ônibus. “Tudo o que foi feito naquela época, o temor observado no dia 12, deveria ter servido de lição e de alerta por parte do governo do DF e das forças policiais para que um grande esquema de segurança fosse montado para o dia 8 de janeiro. Mas infelizmente, como vimos, nada foi feito. A quem interessava aquilo tudo? ”, questionou o distrital.

Convocações – Na reunião de hoje, o colegiado da comissão aprovou, dentre outros requerimentos, a convocação do ex-número 2 da Segurança Pública do Distrito Federal no dia 8 de janeiro, de Marília Alencar, ex-secretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do DF que também estava no cargo na época dos atos, do ex-secretário e ex-ministro da Justiça do Governo Bolsonaro Anderson Torres e do manifestante Antônio Claudio Alves Ferreira – o que quebrou o relógio fancês considerado relíquia bastante valiosa, que estava exposto no Palácio do Planalto.

Os integrantes da CPI também votaram pela quebra de sigilos de alguns destes nomes e pelo compartilhamento de dados da Polícia Civil do DF com a CPI ao longo da realização dos trabalhos. As reuniões serão realizadas todas as quintas-feiras, a partir do próximo dia 2 de março. Sempre às 10h, no plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Ao falar, o relator, deputado Hermeto (MDB), reiterou a necessidade das apurações e disse que fazia suas declarações já ditas anteriormente por Vigilante de que “esta CPI não acabará em pizza”.


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