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CNTV discute conjuntura da economia nacional

A conjuntura nacional e econômica, a avaliação do Projeto de Lei do Estatuto da Segurança privada e o Piso Nacional de Vigilantes foram alguns dos temas que estiveram em voga durante a abertura da reunião da diretoria executiva nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Vigilância (CNTV), na manhã desta quinta-feira (09).

 

José Boaventura, presidente da CNTV, chamou a atenção de todos para fazer uma análise sobre os desafios do movimento dos trabalhadores para conttinuar avançando nas conquistas. Ele também falou da importândia do debate para a categoria: “No momento em que nos propomos a refletir sobre a conjuntura, entender o que está acontecendo no Brasil e no mundo, bem como os sinais da economia, as movimentações no Congresso Nacional, no Judiciário, na política como num todo, estamos buscando se qualificar para defender melhor os trabalhadores ebuscar alternativas do interesse deles. Essas oportunidade são sempre muito preciosas, pois no momento em que juntamos pessoas diferentes, de categorias diferentes, tendem a enriquecer o debate ainda mais”,

 

O deputado Chico Vigilante, uns dos membros da diretoria CNTV, chamou o grupo para fazer uma reflexão sobre o atual momento em que o Brasil está vivendo tanto no campo da política quanto da economia mas, sobretudo, a reforma previdenciária, pois, segundo ele, “o nosso sistema é o mais complexo do mundo”.

 

Para o parlamentar, independentemente de quem estiver no poder, daqui há cinco anos terá que se fazer uma nova reforma no sistema previdenciário. “Do jeito que está indo, neste mesmo ritmo que se encontra, nos próximos anos, teremos mais gente recebendo da previdência do que pessoas contribuindo, e aí não tem sistema que aguente essa lógica”, ressaltou Chico. “O mais grave de tudo isso é que o Congresso não tem estatura para discutir esse momento político e econômico que o País está vivendo hoje”, pontuou.

 

Membro do Sindicato dos Bancários de São Paulo e ex-presidente da Contraf, Carlos Cordeiro – o Carlão, destacou a importância que o movimento sindical tem para a classe trabalhadora, principalmente diante desse momento de crise que o Brasil está passando. “Temos que continuar sendo a referência para a classe trabalhadora. Não podemos perder essa luta, que é a luta histórica entre o capital e trabalhador. Infelizmente, neste momento, o capital está vencendo”, colocou.

 

O supervisor do Dieese/DF, Max Leno, abriu a manhã de palestra fazendo uma análise da conjuntura do país. Ele apresentou uma série de estudos sobre a situação econômica do país, que, para ele, seria o principal motivo para que, a partir de agora, “as negociações salariais estarão vinculadas ao desempenho de cada um dos setores, pois o cenário de 2015 está provocando alguns desafios para as futuras negociações”.

 

Max alertou que aumentou muito a intransigência patronal para não atender os pleitos dos trabalhadores, com isso, nesta perspectiva, os empresários também estão se aproveitando desse momento de crise para não ceder às demandas dos trabalhadores. “O setor que tiver, mesmo diante da crise, pouco melhor, poderá ter resultados melhores. Não apenas no que diz respeito às negociações salariais e de acordo coletivo, mas também às pressões dos trabalhadores”, lembrou.  “Então, é importante para a categoria de uma forma geral com essas duas características, seja na negociação coletiva como também para estar acompanhando e debatendo importantes temas que estão sendo debatidos no Congresso Nacional, tais como legislação, previdência, dentre outros que tem reflexos na nossa vida principal”, finalizou.

 

 

Petrobras- O início do encontro também contou com a participação do coordenador da Federação Única dos Petroleiros, José Maria Rangel, que fez uma análise da situação da empresa e da campanha que setores da direita estão fazendo para entregar o comando da Estatal para o capital internacional.  Rangel fez um breve histórico sobre a 5ª Plenária Nacional que foi realizada no último fim de semana, na Escola Nacional Paulista Fernandes, do MST.

 

Entre outras decisões importantes retirada da plenária, “nós decidimos que não tem como a categoria petroleira que tem data base de setembro partir para negociar salário, vantagem, benefício, enquanto a gente ver uma situação de um plano de negócios da Petrobras, que foi apresentado cortando 40% dos seus investimentos; enquanto a gente ver a indústria naval sendo desativada; enquanto a gente ver obras da Petrobras que já estão 80% prontas não sendo concluídas”.

 

De acordo com ele, depois de elaborada a pauta, a categoria vai chamar mobilizações ao longo da semana, no próximo dia 14, que vai culminar com a paralisação de 24h no próximo dia 24/07 de toda a categoria petroleira. “Formatamos uma pauta política com treze pontos, e que enfim já entregamos para a direção da companhia. Entre outras coisas, queremos a retomada dos investimentos, a conclusão das obras que estão paralisadas, basicamente Comperj e refinaria Abreu e Lima, e a Facen do Mato Grosso”, pontuou.

 

 

O encontro que iniciou na manhã desta quinta-feira (09), se estenderá até a sexta (10), onde serão discutidos temas como o programa de Proteção ao Emprego, balanço das Negociações Salariais e a definição para a 13ª Conferência Nacional dos Vigilantes.