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Chico pede participação do governo na negociação com os rodoviários

A Bancada do Partido dos Trabalhadores apresenta moção de apoio e solidariedade aos rodoviários que lutam, em sua data base, por melhorias salariais e nas condições de trabalho.  O documento foi apresentado durante a sessão ordinária da tarde desta terça-feira (9) e assinado por 12 dos 13 deputados que estavam presentes na sessão.

Durante o comunicado de líderes, o deputado Chico Vigilante, líder da Bancada do PT, demonstrou indignação com as últimas declarações do secretário de Mobilidade do DF, Carlos Tomé, sobre a greve dos rodoviários iniciada à zero hora da segunda-feira. “Ele não pode ir à televisão dizer que o GDF não tem nada a ver com a greve dos rodoviários, pois o transporte público é concessão pública”, disse o parlamentar.

Ao fazer uso da palavra, Chico também rememorou a primeira greve dos rodoviários de Brasília, realizada em 1985, a qual ele participou e ajudou no processo de negociação. Segundo ele, esta é a primeira vez que um Governo do DF se esquiva de fazer parte do processo de negociação entre empresários e trabalhadores. “Portanto, o governador do Distrito Federal não pode lavar as mãos. Não pode o governo agora se tornar uma espécie de fiscal do judiciário, que é de meramente informar se 70% dos ônibus rodando”, protestou. “Os rodoviários estão na data base e têm os direitos assegurados. Eles precisam  ter o ticket  alimentação corrigido, o plano de saúde e o salário corrigido. Cabe ao governo fazer o processo de intermediar as negociações”, completou o líder.

Chico aproveitou o momento para cobrar do governador Rodrigo Rollemberg o cumprimento de uma das suas promessas de campanha, que era justamente sentar-se à mesa de negociação com os rodoviários. “Ele ia à rodoviária, quase que diariamente, pedir voto dos rodoviários com a promessa de que ia ajudar os rodoviários. Agora, o governador não pode lavar as mãos perante os mais de um milhão de usuários do transporte coletivo que estão sendo prejudicados”, advertiu.

Chico encerrou o seu discurso alfinetando o secretário: “Não sei de onde veio. Certamente não conhece a realidade do DF, não sabe o que é andar de ‘buzu’ e não sabe a falta que faz o para os usuários”, finalizou.