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Caos na saúde do DF: um capítulo de um filme de terror

Há quase dois anos denuncio diariamente o caos que se instalou na saúde pública do DF. Na ânsia de encontrar uma solução para o problema, servidores da saúde e pacientes me procuram para pedir ajuda e me trazem relatos gravíssimos contendo as mais adversas situações que estão passando dentro dos hospitais, centros de saúde e UPAS do DF.

Os servidores relatam a completa situação de descaso e desdém pelos pacientes que o GDF demonstra no dia a dia.

Na noite deste sábado, uma servidora do Hospital de Ceilândia, ao terminar o plantão dela, me procurou para relatar mais um capítulo desse filme de horror estrelado pelo governador Rodrigo Rollemberg e a sua gestão ineficiente.

A mulher começa o relato da seguinte forma:
“O hospital de Ceilândia parece um hospital de guerra. Pessoas espalhadas por todo lado. Qualquer cantinho vira leito, qualquer espaço, cadeira, banco de madeira, vira cama. Impossível prestar um atendimento com o mínimo de dignidade onde falta tudo”, relata.

Em outro momento, ela diz: “No berçário, só na semana passada, foram cinco  óbitos. Será que o motivo é a falta de medicamentos e insumos? Um recém nascido tem ficado até 10 dias com o mesmo equipo enquanto que o protocolo é que seja trocado a cada 72 horas”, questionou.

Sem dúvidas, essa é a situação mais grave já vivida pela Saúde do Distrito Federal. E o que nos causa mais indignação, nos traz mais tristeza e desconforto é a inércia e a incapacidade gerencial do Governo.

A velocidade gerencial do Secretário de Saúde do Distrito Federal é a mesma de uma lesma. Enquanto isso, pessoas estão morrendo nos leitos dos hospitais por falta de assistência médica hospitalar.

É preciso que o Ministério Público, urgentemente, tome providências. As autoridades têm que ser responsabilizadas pelas mortes ocorridas no âmbito do sistema de saúde de Brasília.

“É como ter que assar um bolo tendo apenas farinha de trigo, sendo que os superiores querem o bolo pronto”, me revelou um servidor que me pediu anonimato.

Estes servidores contam que sentem vontade de ‘largar tudo’, pois sabem da situação caótica que significa cada expediente nas unidades de saúde pública do Distrito Federal.

O mínimo que tem que ser feito é decretar prisão dessa gente irresponsável e incompetente.

Chico Vigilante
Deputado Distrital pelo PT-DF