Cade já tem nome para a intervenção na Gasol

O superintendente-geral do Conselho de Administração de Defesa Econômica (Cade), Eduardo Frade Rodrigues, anunciou ontem (17), o que ele havia prometido no último dia três de março, em debate sobre o preço dos combustíveis do DF na Câmara Legislativa, que iria divulgar o nome do interventor da rede Gasol (Cascol). Wladimir Eustáquio Costa é o escolhido para administrar interinamente uma das empresas apontadas como a “cabeça” do Cartel dos Combustíveis do DF.

A intervenção terá duração de 180 dias, podendo ser prorrogada até o fim das investigações. De acordo com informações do Cade, o novo administrador tem vasta experiência no setor de combustíveis.

Ex-relator da CPI dos Combustíveis, que investigou e apontou os culpados pelo Cartel dos Combustíveis do DF, o deputado Chico Vigilante afirmou que a indicação é um bom começo para que a gasolina efetivamente tenha uma baixa. “A escolha do novo interventor pode facilitar ainda mais as investigações em torno da principal rede que opera no DF”, afirmou.

A interventor tomará posse no próximo dia 12 de abril, na sede do Cade, e, a partir da data, o contrato de prestação de serviço entre o novo interventor e a Rede Cascol entrará em vigor.

Desrespeito – Nesta semana, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) divulgou a média de preço da gasolina praticado nos postos do DF. O valor médio é de R$ 3,97, o que resulta em um lucro de 0,68 (20,9%) centavos por litro. Com essa margem de lucro, a rede Cascol descumpre o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado com o Ministério Público do DF (MPDFT) que limita o lucro da distribuidora em 15,87%.

Sobre a margem de lucro divulgada pela ANP, Vigilante cravou. “É necessário que o MPDFT tome uma medida mais enérgica. Está claro o descumprimento do acordo”, finalizou.

 

A multa estipulada pelo próprio MPDFT, é de R$ 50 mil reais para cada posto que descumprir a TAC.

Por Marcos Paulo Lima