Um dos autores do programa “Ponte para o Futuro”, do governo Temer, o ex-ministro da previdência Roberto Brant defendeu em entrevista à rádio CBN, nesta segunda-feira (16), a idade mínima de 65 anos para aposentadoria de todos os trabalhadores e disse ser “inconcebível” a manutenção de aposentadorias especiais, como a dos professores.
“Se ela (uma professora) começa a trabalhar com 20 anos, vai se aposentar aos 45 anos é isso é inconcebível”, criticou Brant.
O deputado distrital Chico Vigilante classificou a sugestão do conselheiro de Temer como lastimável. “Este é um ataque direto aos direitos dos professores. É assim que o golpista Temer pretende tratar os educadores”, afirmou.
Vale lembrar
Roberto Brant é ex-deputado federal e foi ex-ministro de FHC entre 2001 e 2002. O ex-PFL foi cassado pelo conselho de ética da Câmara dos Deputados por ter recebido e não declarado recursos vindos do empresário Marcos Valério. A época, o ex-deputado foi salvo pelo plenário da casa que o absolveu.
Atualmente,ele é um dos homens fortes de Temer para coordenar as reformas liberais e “impopulares” planejadas pelo peemedebista. Ele também é signatário do documento intitulado “Ponte para o Futuro”, que elenca propostas liberais e que atacam direitos da classe trabalhadora.
Segundo Vigilante, a “Ponte para o Futuro” que o ex-ministro ajudou a escrever, é, na verdade, a “Ponte para o Inferno” da classe trabalhadora.
Por Marcos Paulo Lima
