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Audiência Pública debate piso Nacional dos Vigilantes para R$ 3 mil

Mais um importante passo foi dado para a aprovação do projeto de lei que pretende fixar o piso salarial dos vigilantes em R$ 3 mil. O deputado Chico Vigilante participou, na manhã desta quinta-feira (14), na Câmara dos Deputados, da audiência pública para discutir o Projeto de Lei nº 4.238/2012, que pretende fixar o piso Nacional dos Vigilantes em R$ 3 mil reais. Realizada no plenário 12 da Câmara dos Deputados, a audiência reuniu representantes da categoria de todo o país, deputados federais e trabalhadores em vigilância.

O relator da proposta na Comissão Especial, o deputado Wellington Roberto, disse que superada a fase das audiências públicas, a próxima etapa é realizar audiências internas com as partes envolvidas para que ele possa concluir o relatório final do projeto na Comissão. Durante a audiência, foram ouvidos o Diretor de Políticas operações e negócios da Febraban, Leandro Vilain, o secretário de Políticas Sindicais da Contraf-CUT, Gustavo Machado, e o presidente da Confederação dos Trabalhadores em Segurança Privada (CONTRASP), João Soares.

Na exposição, Leandro Vilain destacou que os bancos já fazem investimentos necessários em segurança e que, inclusive, com o resultado desses investimentos, os dados mostram uma diminuição no número de assaltos às instituições financeiras em todo o país.

 

Em contrapartida, Gustavo Machado e João Soares defenderam a aprovação do projeto, e contra argumentou que fixar o piso salarial em R$ 3 mil não irá aumentar o desemprego de vigilantes, como muitos colocam. Segundo Soares, para cada um trabalhador em vigilância regularizado, existem três outros na informalidade.

João Soares apresentou um vídeo que mostra cenas de assaltos aos bancos e a violência a que os vigilantes são submetidos diariamente. Para ele, diariamente os profissionais da segurança privada estão expostos ao perigo. As empresas não investem o suficiente para garantir a segurança nos postos de trabalho e não dão equipamentos que possam resguardar a vida de trabalhadores. Num assalto a banco, por exemplo, os vigilantes são os primeiros alvos dos bandidos, que estão sempre porte de armamento de grosso calibre.

“Eles estão protegendo o dinheiro, mas não estão preocupados com as pessoas que trabalham nas agências bancárias, com os vigilantes, com a vida das pessoas”, ressaltou.

 

Chico Vigilante defende que:  “A valorização dos profissionais da segurança privada é uma necessidade. Somente com a união da categoria, com a articulação da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Vigilância (CNTV), com presidente José Boaventura e diretoria, e Sindicatos da segurança privada de todo o país, iremos conseguir vencer mais essa batalha”.

A Audiência pública contou com a intervenção dos deputados federais Vicentinho e Erika Kokay, que destacaram a importância da valorização da categoria.

 

Saiba mais:

O PL  “altera o art. 19 da Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983, para dispor sobre o piso nacional de salário dos empregados em empresas particulares que explorem serviços de vigilância e transporte de valores”.