Assalto a carro forte expõe vigilantes a poderio de fogo dos bandidos

Uma nova modalidade de assalto está preocupando os vigilantes que fazem transportes de altas quantias em dinheiro. Pela segunda vez em um ano, a a empresa de vigilância e transporte de valores Protege, em Campinas (SP), teve sua sede atacada por bandidos fortemente armados, como noticiou o Portal G1.

 

Segundo relatos de testemunhas, os criminosos efetuaram vários disparos contra o portão e a guarita de vigilância e usaram até dinamite para render os seguranças.

 

Segundo a imprensa, a estimativa é que tenham sido roubados mais de R$ 50 milhões. Na última investida, o prejuízo foi de R$ 7 milhões. Até o final da tarde de hoje, nenhum dos assaltantes havia sido preso.

 

Estatuto – O deputado distrital Chico Vigilante (PT) alerta sobre os recentes casos envolvendo este tipo de ação. “É por essas e outras, que eu apoio e luto pela aprovação do Estatuto da Segurança Privada”, defendeu.

 

De acordo com o parlamentar, o novo estatuto prevê que o dinheiro fique em poder das empresas de transporte de valores durante apenas 48 horas, derrubando, assim, a possibilidade de acúmulo de grandes quantias.

 

O caso também reabre o debate sobre a federalização de casos desse tipo, como acontece quando um banco federal é assaltado.

 

Na oportunidade, quem se responsabiliza pela investigação é um núcleo especializado da Polícia Federal.

 

“Esta proposta ainda não está no estatuto, mas eu defendo que seja incluída para garantir que vigilantes, bancários e usuários tenham uma rápida resposta sobre esse tipo de crime”, apontou o parlamentar, que é membro da Confederação Nacional de Vigilantes.

 

Defesa – O parlamentar defende a elaboração de  uma lei especifica que garanta que os vigilantes de transporte de valores tenham acesso a armas de maior calibre, como as usadas pelos criminosos.

 

“Esses vigilantes enfrentam verdadeiros “canganceiros” do asfalto. É urgente a necessidade de aprovarmos no Congresso Nacional, uma lei aumentando o potencial armado dos vigilantes”, finalizou.

 

Assaltos – Números apresentados pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), na reunião da Mesa temática da Comissão Bipartite de Segurança Bancária, no último dia 11,  apontam que em 2015 houve apenas 394 roubos a bancos em todo país.

A informação é contestada pelo membro do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, João Rufino Egito.

 

“Em um único estado da Federação, Pernambuco, foram 53 assaltos. Vamos analisar e comparar com nossos números para voltar à mesa de negociação”, finalizou.

 

 

Por Marcos Paulo