O secretário de Agricultura do DF, José Guilherme Leão, compareceu, nesta segunda-feira (4), em audiência na Câmara Legislativa para explicar o baixo investimento do governo na agricultura familiar. A denúncia foi feita por meio de levantamento realizado pelo deputado Chico Vigilante (PT) divulgado na coluna Eixo Capital, do jornal Correio Braziliense.
De acordo com o levantamento, em 2016 o GDF investiu apenas R$ 346 no Programa de Agricultura Familiar. A divulgação levou o secretário a procurar o parlamentar para detalhar os números do programa.
Leão explicou que, apesar de parecer pouco, o Programa de Agricultura Familiar, recebe apoio de outros programas da secretaria devido à importância estratégica que o setor tem para a população e para os programas sociais desenvolvidos em parceria com outros órgãos do governo.
Segundo ele, o setor recebeu investimentos, principalmente, do governo federal, através do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA). Com isso, o montante de R$ 346, divulgados pelo gabinete do parlamentar, seria apenas parte da execução do Orçamento do GDF.
“Trabalhamos com várias linhas de atendimento, que vão desde a assistência técnica e ajuda no fomento da produção, até o apoio aos assentamentos dos trabalhadores rurais e abertura de crédito rural”, explicou.
Diante dos números apresentados, Vigilante ressaltou a necessidade de debater o tema com os agentes sociais envolvidos. Ele anunciou que vai realizar uma audiência pública, no próximo mês, a fim de debater e buscar soluções que visem melhorar a produção, a qualidade e o escoamento dos alimentos cultivados pelos agricultores.
“A agricultura familiar é responsável pela produção de 70% dos alimentos consumidos nas cidades. Sou filho de agricultor e conheço bem as necessidades e os problemas que eles enfrentam diariamente para colocar os alimentos em nossas mesas”, explicou o parlamentar.
Para o parlamentare, é necessário que a secretaria estabeleça parcerias para abrir novos pontos de venda dos alimentos produzidos no campo, como no Shopping Popular e nas diversas feiras espalhadas pelo DF.
A reunião foi acompanhada por representantes do Movimento Sem Terra (MST) do DF, que também fizeram observações e questionamentos sobre o programa.