Em Miami, onde está matriculado num curso de inglês, com aulas de manhã e à tarde, o ex-governador Agnelo Queiroz (PT) tem acompanhado as notícias sobre a crise financeira, a seis mil quilômetros de distância do DF.
O cidadão quer saber quem está com a razão. O atual governo pinta uma crise sem precedentes, mas o PT diz que não é bem assim…
Há uma tentativa de desconstrução do meu governo. São mentiras repetidas à exaustão, que criam uma nuvem de fumaça e acabam confundindo o cidadão. Deixei dinheiro em caixa. Não tem rombo. O próprio balanço divulgado neste ano mostrou isso. Não é verdade que só havia R$ 65 mil na conta do GDF. Isso é mentira. Há uma crise nacional e em vários estados. Não é só problema do DF.
Claro que me chateia. Uma mentira dita várias vezes acaba confundindo as pessoas. Se eu tivesse sido reeleito, a situação seria diferente. O atual governo não tem competência para dialogar. Não havia necessidade de parcelar salários.
É um absurdo. Essas decisões não poderiam ser tomadas. Nunca mais Brasília será sede de eventos importantes. Haverá um descrédito internacional. A nossa aposta era de que esses grandes acontecimentos trouxessem recursos para a nossa cidade, com aumento de arrecadação e desenvolvimento. Não dava para voltar atrás.
O juiz que tomou a decisão (Álvaro Ciarlini) é muito sério. Tenho certeza de que, ao analisar todos os fatos, ele vai reconsiderar essa decisão. A corrida era muito importante para colocar Brasília no circuito mundial de eventos, como a Copa do Mundo. Como eu poderia ter uma punição como essa?
Muito surpreso. Sempre tivemos ótima relação profissional. Ele foi meu advogado durante anos. Se há uma dívida de campanha com ele, esse é um problema que o PT tem que resolver.