Aedes aegypti: GDF investiu apenas 2,1% dos recursos previstos para controle da epidemia

Por Marcos Paulo Lima
O Distrito Federal está perdendo a batalha contra o mosquito Aedes aegypti, causador de doenças como zika, chicungunya e dengue. Parte dessa derrota pode ser explicada pela falta de investimentos públicos no enfrentamento ao mosquito.
Segundo dados do Sistema Integrado de Gestão Governamental (Siggo), o governo Rollemberg gastou, em 2015, apenas 2,1% dos 3,3 milhões de reais autorizados para o combate à epidemia. Ou seja, cerca de 71 mil reais.
Isso representa um investimento de apenas R$ 0,02 centavos por habitante, considerando uma população de aproximadamente 2,5 milhões de pessoas que vivem no DF.
De acordo com o Siggo, em 2014, a Câmara Legislativa do DF autorizou o valor de 2,4 milhões de reais para investimentos no Controle Ambiental, Do total, 2,2 milhões de reais foram investidos pela gestão do ex-governador Agnelo Queiroz, do PT.
Em termos comparativos, em 2014, ainda na gestão Agnelo Queiroz, o GDF gastou cerca de 0,89 centavos por habitante. Ou seja, 44 vezes mais recursos no enfrentamento do problema
Para o líder do PT na Câmara Legislativa,  deputado Chico Vigilante, isso revela o descaso do GDF diante de um grave problema de saúde no DF.
“No governo do PT, a população sentia de fato os investimentos Agora, com mais de 3 milhões autorizados, percebemos que o governador investiu o ínfimo valor de pouco mais de 70 mil reais”, analisa.
Medicamentos – Não bastasse a falta de investimentos em prevenção, os moradores da região enfrentam ainda outros problemas.
Ficar grávida no DF e precisar do serviço de saúde básico tem transformado a vida de muitas mulheres em um verdadeiro suplício.
Segundo informações divulgadas pelo portal Metrópoles DF, o estoque de vacinas necessárias para a imunização de gestantes está praticamente zerado na rede pública de saúde. Isso inclui vacinas para o combate ao tétano, difteria, coqueluche e Hepatite B.
“A questão é de prioridade”, afirma Vigilante.  “Essas mães gestantes poderiam ter acesso aos medicamentos se o GDF usasse o dinheiro que está no Fundo de Saúde do DF, onde estão depositados quase 500 milhões de reais”.
Em nota, a Secretaria de Saúde afirma que o governo Federal não tem feito os devidos repasses para a reposição dos estoques. O Ministério da Saúde não confirmou esta informação até o fechamento desta reportagem.

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