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A conveniência de ser religioso na 32º reunião da CPI dos Atos Antidemocráticos

A expectativa por um depoimento esclarecedor do Major Claudio Mendes dos Santos deu lugar a um discurso bem distinto daquele apresentado em diversos vídeos publicados pelo próprio depoente, à época do acampamento golpista, localizado à frente do QG do exército. 

À frente da Bíblia e da Constituição Federal, o Major adotou uma postura de lider religioso, balbuciou sentimentalismo barato, com uma voz embargada, em uma tentativa funesta de convencer a opinião pública da sua não participação e envolvimentos nos atos golpistas. 

Uma figura que nem de perto lembra o militante midiático e inflamado, que discursava no palco improvisado, montado em um caminhão, e que se vangloriava por ter sido do Bope. 

Em diversos momentos, o depoente se esquivou das questões de incitação à atos radicalizados e extremistas, do recebimento de pix e do treinamento técnicas de guerrilha. 

O confuso depoimento veio acompanhado de frases homéricas: “Peço ao presidente Lula que tenha misericórdia”, “cumpria meu expediente até as 22 horas no acampamento, onde pessoas estavam se curando”. 

Próxima do fim, a CPI dos Atos Antidemocráticos foi agraciada com um depoimento estapafúrdio, típico do desespero de quem não encontra mais chão e demanda clemência para não ser relacionado a terrível tentativa de golpe.

No próximo dia 16, o depoimento do Coronel Reginaldo Leitão encerra a série de 33 oitivas realizadas pela Comissão. Mais uma vez, a expectativa é conseguir informações concretas que contribuam para esclarecimento do ocorrido no dia 8 de janeiro.