Deputado alerta população mais pobre para perigo das ações eleitoreiras do Governo

O deputado distrital Chico Vigilante (PT) fez um alerta à população, nesta terça-feira (18) para o perigo que representa a liberação feita recentemente pelo Governo Federal para concessão de empréstimo consignado para beneficiários do Auxílio Social. A atitude, segundo o parlamentar, além de vir com má fé embutida, consiste num gesto eleitoreiro que pode vir a prejudicar ainda mais a população mais pobre do país.

Vigilante explicou que o Auxílio Brasil – cujo valor que o governo Bolsonaro pretendia estipular inicialmente é de R$ 200 e só chegou a R$ 600 por conta da pressão do Congresso, em especial os parlamentares da oposição – só será pago neste valor até dezembro. E mesmo assim, não está garantida a continuidade desse benefício no orçamento da União para 2023. Mesmo assim, o Executivo liberou empréstimo consignado para essas pessoas que recebem o auxílio.

“Temos informação de que 700 mil pessoas já foram até a Caixa Econômica Federal fazer o pedido, porque os outros bancos não entraram nessa. O governo está usando a Caixa para fazer esse empréstimo. Só que o juro do valor tomado pela população é de 50% ao ano. Para se ter uma ideia, o juro do empréstimo consignado oferecido para servidores públicos é de 25% ao ano”, destacou o distrital.

Dificuldades – Vigilante afirmou que o resultado disso vai ser milhares de pessoas que recebem R$ 600 até dezembro passarem a ter esse valor reduzido pela metade, sem falar em futuras dificuldades para quitar tal dívida. “Isso é muito grave”, enfatizou.

Chico Vigilante também alertou para o que tem acontecido com a gasolina. “O governo está segurando o preço dos combustíveis nesse período de campanha eleitoral, mas não desatrelou o preço do brasil de petróleo ao preço do dólar. Por isso, tão logo passem as eleições, a população deve receber uma facada com o aumento desses valores”, esclareceu.
Para o deputado, só existe hoje uma alternativa para o país, que é tirar o atual governo com a eleição do ex-presidente Lula. “Eles estão infernizando nossas vidas e não podemos aceitar passivamente toda a exploração que fazem com a população mais pobre do país”, acrescentou.

 

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