GDF reduz investimentos em obras nas unidades de saúde

Um levantamento feito pelo deputado Chico Vigilante (PT) revela que o GDF diminuiu drasticamente os investimentos em saúde no primeiro ano da gestão Rodrigo Rollemberg (PSB). Se comparado com os dois anos anteriores, em 2015, os investimentos em obras para a saúde caiu em 100%. Ou seja, a Secretaria de Saúde não gastou nem um real com a realização de obras de melhorias em postos de saúde e hospitais públicos do DF.

 

A queda também foi sentida em investimentos para aquisição de materiais permanentes, como ambulância, mamógrafos, aparelhos de Raio X e tomógrafos. Para esse setor, o governo cortou 26,7%, se comparado com o ano anterior. Enquanto em 2014 foram investidos R$ 60 milhões para a compra desses materiais, em 2015, foram gastos R$ 45 milhões.

 

Para Vigilante, os números mostram que esse setor do governo está frágil porque não recebeu atenção. “Que sofre com ao descaso é a população”, afirmou.

 

A falta de investimento na área de saúde reflete na vida do cidadão que depende do sistema público. Todos os dias, são inúmeras as reclamações e denúncias por causa da falta de equipamentos e de atendimento adequado.

 

Denuncia como a de uma moradora de Ceilândia que pediu para não ser identificada, relata a morte do sogro após agonizar por sete horas no Hospital Regional da cidade a espera de uma transferência.

 

Segundo ela, depois de sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC), o homem não conseguiu uma ambulância para transferi-lo para outra unidade hospitalar. A denunciante afirma que o hospital conta com apenas duas ambulâncias e uma estaria quebrada.

 

“Meu sogro faleceu por falta de UTI, por falta de tomógrafo, por falta de ambulância para levar para fazer a tomografia imediatamente após o AVC.  Só tinha um médico, não deram medicação, não colocaram oxigênio”, relatou a mulher.  “Este governador deveria ser preso porque p que ele está fazendo com o povo e homicídio doloso”, protestou.

 

Mas não só de pacientes vêm as denúncias. Não raro, profissionais da saúde reclamam da falta de equipamentos e de condições de trabalho na rede.

 

De acordo relatos de profissionais, vários centros de saúde de Ceilândia estão com problemas nas autoclaves – equipamento que faz a esterilização dos materiais.  Eles contam que os servidores estão transportando os materiais para a esterilização no equipamento do hospital da cidade.

 

Em nota, Secretaria de Saúde esclarece que, atualmente, a rede possui um total de 52 ambulâncias. Das quais 12 estão em manutenção. Já os 12 tomógrafos distribuídos nos hospitais, apenas cinco estão em operação, ou seja, menos da metade.

A secretaria informou ainda que a rede também conta com 11 mamógrafos, mas apenas seis estão em perfeita operação.

 

 

Leia a nota da Secretaria de Saúde na íntegra

 

A Secretaria de Saúde (SES/DF) esclarece que, atualmente, a rede possui um total de 52 ambulâncias. Dessas, 12 estão em manutenção.

 

Um contrato, no valor de R$ 14,4 milhões, já foi assinado e a nota está empenhada no Fundo de Saúde para aquisição de 85 novas ambulâncias. A previsão da pasta é que os veículos estejam disponíveis até abril, prazo que pode ser antecipado.

A pasta esclarece que a transferência de paciente, muitas vezes, depende também de disponibilidade de médico para acompanhar a remoção. Em casos graves, o paciente tem de ser acompanhado por um especialista.

A SES/DF possui 12 tomógrafos distribuídos nos hospitais e neste momento cinco estão em funcionamento. A rede também conta com 11 mamógrafos, estando seis perfeita operação.

O secretário da pasta já está em negociação direta com representantes das empresas para que a manutenção dos aparelhos parados seja realizada o mais breve possível. Enquanto isso, os pacientes das unidades cujos aparelhos estão quebrados são remanejados para realizarem o exame em outras unidades, uma vez que o atendimento da Saúde no Distrito Federal funciona em rede.

De acordo com a nota, um contrato, no valor de R$ 14,4 milhões, já foi assinado e a nota está empenhada no Fundo de Saúde para aquisição de 85 novas ambulâncias. A previsão da pasta é que os veículos estejam disponíveis até abril, prazo que pode ser antecipado.

“A pasta esclarece que a transferência de paciente, muitas vezes, depende também de disponibilidade de médico para acompanhar a remoção. Em casos graves, o paciente tem de ser acompanhado por um especialista”.

A SES/DF possui 12 tomógrafos distribuídos nos hospitais e neste momento cinco estão em funcionamento. A rede também conta com 11 mamógrafos, estando seis perfeita operação.

O secretário da pasta já está em negociação direta com representantes das empresas para que a manutenção dos aparelhos parados seja realizada o mais breve possível. Enquanto isso, os pacientes das unidades cujos aparelhos estão quebrados são remanejados para realizarem o exame em outras unidades, uma vez que o atendimento da Saúde no Distrito Federal funciona em rede.

 

 

Por Veronica Soarez